A Suprema Corte dos Estados Unidos impediu, em decisão tomada nesta quarta-feira (5), o presidente Donald Trump de suspender ajuda internacional por meio da Agência dos EUA para Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês). Por 5 votos a 4, os juízes impuseram a primeira derrota ao presidente extremista.
Apesar de maioria conservadora, os juízes decidiram por manter a decisão do juiz distrital de Washington, Amir Ali, de suspender o corte de US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 11,7 bilhões) à USAID, que é um dos principais alvos do novo governo de Trump. O cancelamento da suspensão se refere a contratos já concluídos.
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A conduta de Almir Ali teve como base um pedido de organizações que recebem financiamento da USAID e que alertaram para o prejuízo global do congelamento, por 90 dias, para as causas humanitárias.
“São inegáveis os impactos dessa medida ilegal nos serviços de grande e pequena escala foram forçados a encerrar seus programas e demitir funcionários; para crianças famintas em todo o mundo ficarão sem apoio; para pessoas ao redor do mundo que enfrentam doenças mortais; e também em nossa ordem constitucional”, argumentaram os advogados das organizações.
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Criada em 1961, a USAID é responsável por diversos projetos humanitários ao redor do mundo. No entanto, desde que Trump assumiu a presidência, a agência vinha sendo alvo de um desmonte, apoiado também pelo bilionário Elon Musk, que assumiu o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), até ser fechada no dia 6 de fevereiro.
Trump utiliza como argumento a revisão da eficiência da agência e das prioridades do país. No entanto, em suas justificativas, ele afirma que o fechamento da USAID e de outros projetos é com o intuito de combater a "agenda woke", relacionada a causas sociais e raciais.
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Desde que assumiu, a política adotada por Trump envolve a retirada do país de organizações da Saúde, do Meio Ambiente e ataques a agências que realizam trabalhos sociais. Na última quinta-feira (27), funcionários da área da saúde foram surpreendidos com o anúncio de corte em 90% em ajuda global para o setor, impactando diversos serviços que prestam assistência para tratamento de doenças como pólio, HIV, malária e tuberculose.
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