OBSESSÃO

'Temos que tê-la': Trump volta a falar de anexação da Groenlândia

Declaração é feita às vésperas de uma visita de delegação do governo dos EUA em base militar na ilha

Créditos: Gage Skidmore/Flickr
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a expressar sua ambição de anexar a Groenlândia nesta quarta-feira (26).

"Precisamos da Groenlândia para a segurança e proteção internacional. Precisamos dela. Temos que tê-la", disse Trump, em entrevista ao podcaster de direita Vince Coglianese. "Odeio colocar dessa forma, mas vamos ter que tê-la."

Trump tem insistido na ideia de adquirir a Groenlândia desde seu primeiro mandato, mas, no início de sua segunda gestão, o tema tem se tornado uma verdadeira obsessão. 

O republicano afirmou ainda na entrevista que não tinha certeza se os groenlandeses estavam prontos para serem cidadãos dos Estados Unidos, “mas acho que temos que fazer isso e convencê-los, e temos que ter a terra porque não é possível defender adequadamente uma grande parte desta Terra — não apenas os EUA — sem ela. Então temos que tê-la, e acho que a teremos.”

A localização do território autônomo dinamarquês é estratégica. Situada entre a América do Norte e a Europa, é um ponto importante tanto para o tráfego marinho quanto para o aéreo. Além disso, possui minerais de terras raras, essenciais principalmente para empresas de tecnologia, e recursos energéticos inexplorados.

Viagem reduzida

As declarações de Trump ocorrem no mesmo dia em que o governo estadunidense reduziu a delegação de uma visita não solicitada à Groenlândia.

Originalmente, a viagem deveria envolver uma comitiva liderada pela segunda-dama dos EUA, Usha Vance, com o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Mike Waltz, em visita à capital da Groenlândia, Nuuk. Após a forte reação do primeiro-ministro groenlandês, Múte B Egede, e de sua colega dinamarquesa, Mette Frederiksen, foi anunciado que o cronograma incluiria apenas uma visita à base militar dos Estados Unidos da ilha, Pituffik.

“Acho que é uma decisão muito mais sensata visitar a instalação militar do que interferir no que está acontecendo na política da Groenlândia — em uma situação em que nenhum governo foi formado”, disse o ministro da Defesa dinamarquês, Troels Lund Poulsen.

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