O boicote à empresas dos EUA Latino Frezze Movement (algo como Movimento de Congelamento Latino, na tradução livre), está ganhando força em meio à política xenofóbica de Donald Trump, que promove deportação em massa em condições desumanas de imigrantes que, assim como seu avô alemão, mudou-se para o país em busca de melhores oportunidades de vida.
A política de deportação atinge principalmente os latino americanos que, segundo estimativas divulgadas pelo movimento - que usa as hashtags #LatinoFreezeMovement e #LatinoFreeze nas redes -, são responsáveis por 3,7 trilhões de dólares do Produto Interno Bruto (PIB) do dos EUA.
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Se fosse um país, o PIB latino na terra de Trump estaria na quinta colocação no mundo. A força de trabalho nos EUA, ainda de acordo com o movimento, tem a participação de 20% de pessoas que migraram de países das Américas do Sul e Central.
E o boicote nas terras do Tio Sam pode causar um grande prejuízo às empresas locais e transnacionais.
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"Latinos e latinas param de gastar dinheiro. Mantenham a linha. Todos nós podemos coletivamente causar um grande impacto simplesmente segurando e não gastando nosso dinheiro", diz o texto na página do movimento na web.
O boicote, no entanto, tem se espalhado fora dos EUA e ganhado força em toda a América Latina, que começa a estimular os cidadãos a deixarem de comprar produtos das transnacionais estadunidenses.
Entre as empresas listadas estão a Amazon, de Jeff Bezos, a Tesla, de Elon Musk (dois apoiadores fanáticos de Trump), além de grandes players do mercado mundial, que há décadas promovem concorrência desleal aos países onde chegam.
Coca-Cola ou limonada?
Gigantes como Coca-Cola, Mc'Donalds, Starbuck's, entre outras, estão na lista - veja no site do movimento - e são alvos não só por ajudarem na política de deportação de Trump, mas também como uma forma de adoção de uma alimentação mais saudável.
Em mensagens nas redes sociais, os latinos denunciam o envolvimento direto das empresas com a deportação.
“A Coca Cola colaborou na deportação de migrantes latinos, incluindo seus próprios trabalhadores. Pare de beber esse lixo, beba limonada”, dizem mensagens que se espalham pelas redes.
Segundo o movimento, que ouviu trabalhadores latinos dispensados pelas empresas, a Coca-Cola, por exemplo, ajudou na deportação de mais de 1 mil latinos que trabalhavam em uma engarrafadora do refrigerante no estado do Texas.
"Apoie empresas negras, latinas e aliadas americanas que apoiam esse movimento", diz o movimento em seu site.
Veja mensagens divulgadas nas redes sociais
