Benjamin Netanyahu chegou às profundezas do cinismo e do sadismo em sua visita oficial aos EUA esta semana. O primeiro-ministro israelense deu um presente ao presidente norte-americano, Donald Trump, que apenas revelou seu desprezo pela vida humana e o quanto é uma figura sinistra.
Nos dias em que se reuniu com lideranças de Washington e circulou para cima e para baixo com Trump, que até anunciou de improviso que os EUA tomaram a Faixa de Gaza para construir um resort, Bibi resolveu dar uma "lembrancinha" para o homem mais poderoso do mundo. Só que o referido objeto apenas serviu para realçar o tipo de sujeito que é o líder político de Israel.
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O presente em questão é um troféu em madeira, com um pedestal, mas que traz em seu destaque um pager dourado. Sim, um pager, aqueles antigos e obsoletos sistemas de comunicação muito populares no final dos anos 1990.
O objeto é uma clara homenagem a uma ação clandestina realizada por seu serviço de inteligência, o Mossad, em setembro do ano passado, e que o estado de Israel sequer assumiu até hoje: as explosões de milhares de pagers sabotados do Hezbollah, no Líbano, que deixou 39 mortos e mais de 3.400 feridos, entre eles uma grande parte de civis, incluindo crianças.
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Para realizar tal ato insano, o aparato de espionagem israelense comprou uma fábrica desse tipo de aparelho eletrônico na Hungria e de lá conseguiu contratos com o grupo armado libanês, que passou a receber os pagers com uma carga de explosivo superpoderoso dentro. A certa altura, meses depois, o governo de Telavive mandou mensagens ativando as bombas.
Organismos internacionais e até agências e figuras ligadas às Nações Unidas repudiaram a ação, classificando-a como terrorismo, já que as detonações visavam essencialmente civis e foram tomadas fora de um cenário de guerra convencional.