Nesta quarta-feira (26), o governo de Donald Trump revogou as licenças petrolíferas que permitiam à gigante americana Chevron exportar petróleo venezuelano.
A decisão foi classificada pelo governo da Venezuela como "lesiva e inexplicável". As licenças, vigentes desde 2022, foram concedidas durante a administração de Joe Biden e permitiam à Chevron operar no país sul-americano, apesar das sanções. A ideia era contornar a escassez de petróleo pós-guerra da Ucrânia.
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Trump justificou a revogação das licenças citando o não cumprimento, por parte da Venezuela, de "condições eleitorais" e supostos atrasos na repatriação de migrantes, aos quais chamou de "criminosos violentos".
Em publicação em sua rede social Truth Social, o ex-presidente afirmou: "Ordeno que o ineficaz e incumplido 'Acordo de Concessão' de Biden seja rescindido a partir da opção de renovação de 1º de março"
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O que diz a Venezuela
A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, afirmou que a medida prejudica não apenas a Venezuela, mas também os Estados Unidos.
"Ao anunciar sanções contra a empresa estadounidense Chevron, pretendendo fazer um dano ao povo venezuelano, na verdade estão infligindo um dano aos EUA, à sua população e às suas empresas, colocando em dúvida a segurança jurídica dos EUA em seu regime de investimentos internacionais", escreveu Rodríguez.
"Conseguimos trilhar nosso próprio caminho, e não há ameaça no mundo que intimide a vontade do povo venezuelano de avançar em direção à sua independência, em direção à sua liberdade", afirmou o presidente do país, Nicolás Maduro.
"Venezuela ressalta que este tipo de ações falidas impulsionaram a migração dos anos 2017 ao 2021, com as consequências amplamente conhecidas", destacou Delcy Rodriguez. Ela reforçou que o país seguirá seu caminho de recuperação econômica, garantindo sua soberania e independência nacional..