Jair Bolsonaro, o ex-presidente que se diz pró-Israel, mas que só vive cercado por figuras ligadas ao nazifascismo no Brasil e no exterior, realmente é um pé frio. Em 2021, durante seu mandato, em pleno Palácio do Planalto, ele recebeu para uma visita, na qual posou sorridente para fotos, a deputada alemã de extrema direita Beatrix von Storch, da AfD, neta do nazista Lutz Graf Schwerin von Krosigk, ministro das Finanças de Adolf Hitler.
A cena grotesca de um chefe de Estado brasileiro recebendo no palácio presidencial uma cidadã com tal histórico e integrante de um partido claramente neonazista gerou um mal-estar generalizado no meio político, criando dificuldade até para os bolsonaristas explicarem tal episódio.
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Passados quase quatro anos, uma ironia do destino veio para mostrar o quanto o líder extremista brasileira dá azar. Mesmo com o resultado histórico da AfD na eleição deste domingo (23), que consagrou a sigla como a segunda força política no parlamento alemão, Beatrix acabou perdendo sua cadeira de deputada e justamente para uma candidata de esquerda, do partido Die Linke (“A Esquerda”).
Disputando o assento que representa o distrito eleitoral de Berlin-Lichtenberg, Beatrix von Storch foi superada nas urnas por Ines Schwerdtner, d’A Esquerda, que obteve expressivos 34% dos votos naquele colégio. Ines é uma jornalista progressista que trabalhou por anos na edição alemã da revista Jacobin.