Pela primeira vez em duas décadas, Israel mobilizou tanques em uma operação militar na Cisjordânia ocupada, invadindo a cidade de Jenin e esvaziando três campos de refugiados.
Segundo o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, 40 mil palestinos foram evacuados de Jenin, Tulkarem e Nus Shams. A ação, justificada como "desmantelamento de infraestruturas terroristas", resultou em ao menos nove mortes, conforme fontes locais.
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A ofensiva, a maior desde a Segunda Intifada (2000-2005), incluiu drones de tanques. Jenin, reduto histórico da resistência palestina, registrou mais de 50 ataques a alvos israelenses nos últimos seis meses.
A Autoridade Palestina condenou a operação como "um novo crime de guerra contra nosso povo indefeso", em um ano que já soma mais de 140 palestinos mortos na região.
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Ofensivas em Líbano e Gaza
No mesmo domingo, aviões israelenses bombardearam o sul do Líbano, atingindo arredores de Al-Qlayleh, Ansar e Jannata. Um carro em Houla foi incendiado após tiroteio, sem vítimas. A escalada ocorre após um ataque aéreo em Qusaya (Vale do Beqaa) no sábado, aprofundando temores de um refluxo da guerra contra os xiitas libaneses após o cessar-fogo firmado em outubro do ano passado.
Enquanto isso, a libertação de mais de 600 presos palestinos no acordo com o Hamas, prevista para sábado, foi suspensa por Israel.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alegou "cerimônias humilhantes" durante a entrega de reféns israelenses (especialmente após um vídeo viralizar mostrando um refém israelense beijando a teste de dois militares do Hamas) — acusação rejeitada pelo Hamas, que denunciou "violação clara" do acordo. Os detidos chegaram a embarcar em ônibus, mas foram devolvidos às celas.
O Hamas acusou Netanyahu de sabotar o cessar-fogo, citando maus-tratos a presos, como algemas e ameaças a familiares. A troca, parte de um frágil acordo, envolve a libertação de seis reféns israelenses, que já foram entregues aos sionistas.