VATICANO

Papa Francisco "pode renunciar", afirma cardeal

Pontífice tem uma carta de renúncia pronta por problemas de saúde desde 2013

Créditos: Wikimedia Commons
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Em entrevista à rádio italiana RTL, o cardeal Gianfranco Ravasi afirmou que o Papa Francisco pode renunciar ao cargo de Papa devido a problemas de saúde.

Desde o último dia 14, Jorge Mario Bergoglio, o Papa, está internado por causa de uma pneumonia bilateral com infecção polimicrobiana na Policlínica Gemelli, em Roma.

O quadro do Pontífice foi descrito pelo próprio Vaticano como "muito complexo", mas com uma leve melhora nos últimos dias. Contudo, ainda há preocupações dentro da Igreja e entre os fiéis com a saúde do Bispo de Roma.

Em entrevista, Ravasi, que participou da eleição de Francisco para o cargo em 2013, afirmou que Francisco pode abandonar o cargo caso esteja impossibilitado de executar suas funções.

"Creio que ele poderia fazê-lo, porque é uma pessoa que, desse ponto de vista, é bastante decisiva em suas escolhas", afirmou o religioso. "Sempre houve uma tendência a lutar e reagir, e também é uma escolha legítima, porque ele conseguiu enfrentar viagens em condições absolutamente difíceis e exigentes, como a do Extremo Oriente. No entanto, não há dúvida de que, se ele se encontrasse em uma situação em que sua capacidade de ter contatos diretos – como ele gosta de fazer – de poder se comunicar de forma imediata, incisiva e decisiva fosse comprometida, então acredito que ele poderia decidir renunciar", completou.

Bergoglio tem uma carta de renúncia escrita há 10 anos, e sua principal motivação são as questões de saúde. "O Papa declarou explicitamente que havia entregue a carta nas mãos do Secretário de Estado da época, portanto foi um ato formal", completou Ravasi.

O cardeal ainda acrescentou que a condição do líder do catolicismo está melhorando e que parte da oposição a Francisco, mais radical, se mobiliza com fake news contra o Pontífice. "Principalmente na internet e em sites americanos, há uma forte corrente anti-Bergoglio: embora nunca seja explícita, há uma expectativa evidente de mudança que também se expressa por meio de 'fake news'. Há uma forte polarização", completou.

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