O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) do governo dos EUA, liderado pelo bilionário Elon Musk, está no centro de uma tempestade de críticas após uma série de falhas de segurança exporem vulnerabilidades alarmantes em sistemas federais.
As revelações incluem acesso indevido a dados ultrassecretos, brechas em plataformas governamentais e questionamentos sobre a gestão de informações sensíveis.
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Em declaração nesta sexta-feira (14), Musk admitiu ter tido acesso a "informações ultrassecretas" por anos e criticou a "classificação excessiva" de dados pelo governo.
"Se informações são óbvias ou encontradas online, não devem ser classificadas. Isso só atrapalha a cooperação entre agências", afirmou.
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Contudo, o discurso contrasta com incidentes recentes: um funcionário do DOGE, Marco Elez, recebeu permissões para editar o sistema de pagamentos do Tesouro, uma das áreas mais sensíveis do governo dos EUA, durante um treinamento. O jovem chegou a renunciar por posts racistas nas redes sociais, mas foi recontratado por Elon Musk.
Joseph Gioeli III, vice-comissário do Tesouro, minimizou o caso Elez: "Ele nunca soube das permissões de edição e nenhuma ação não autorizada ocorreu".
Sites inseguros
Enquanto isso, o site doge.gov, criado para promover transparência, tornou-se alvo de hackers. Especialistas em segurança apontaram que a plataforma, hospedada na Cloudflare Pages (e não em servidores governamentais), tinha bancos de dados públicos e editáveis.
Invasores deixaram mensagens como "este site .gov é uma piada", ainda visíveis nesta sexta. Outro site ligado ao DOGE, waste.gov, permaneceu online com um template padrão do WordPress até ser bloqueado após denúncias da mídia.
A oposição exige investigações sobre os "riscos à economia e segurança nacional", citando o acesso do DOGE a sistemas críticos. Cartas enviadas ao Congresso alertam para "violações de leis de privacidade".
Enquanto isso, Musk toma frente do governo dos EUA, colocando até Donald Trump em segundo plano em coletivas. O bilionário, que doou mais de R$ 1,6 bilhão para a campanha do republicano, segue operando a "eficiência governamental" de Washington.
