GUSTAVO PETRO

Crise na Colômbia? Governo Petro suspende gabinete de ministros na reta final do mandato

A um ano das eleições, gabinete colombiano revela racha entre esquerda e centro do governo de coalizão

Gustavo Petro, presidente da ColômbiaCréditos: Fotografía oficial de la Presidencia de Colombia
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Neste domingo (9), o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu a renúncia protocolar de todos os ministros de seu gabinete como parte de uma reforma ministerial.

Segundo o mandatário, o governo não conseguiu cumprir boa parte das promessas feitas à população e precisa de mudanças para alcançar resultados.

“Haverá algumas mudanças no gabinete para alcançar maior conformidade com o programa ordenado pelo povo. O governo se concentrará inteiramente na implementação do programa”, afirmou Petro.

Este é o último ano de mandato do primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia. O mandatário optou por não concorrer à reeleição – e seu sucessor ainda é incerto –, mas a ideia é promover mais entregas na reta final de seu governo para tentar evitar a ascensão da direita à presidência colombiana no próximo ano.

Contudo, a motivação para a reforma está relacionada a problemas de orquestração da coalizão de centro-esquerda no governo. Na quarta-feira passada, Petro realizou uma reunião ministerial televisionada, na qual cobrou abertamente seus ministros pela falta de entregas à população.

Além disso, o presidente nomeou recentemente o ex-senador Armando Benedetti, um político tradicional de perfil centro-direita, como seu chefe de gabinete.

A reunião e a escolha de Benedetti geraram descontentamento, levando alguns ministros da ala esquerda do governo a deixarem seus cargos. Susana Muhamad, ministra do Meio Ambiente, e Gloria Inés Ramírez, ministra do Trabalho, saíram do governo. Juan Fernando Cristo, figura da direita liberal e membro do gabinete, também decidiu deixar o Ministério do Interior.

Outros ministros, como Laura Sarabia, da pasta de Relações Exteriores, Andrés Camacho (Minas e Energia) e Yesenia Olaya (Ciência), pediram renúncia protocolar, aguardando uma reformulação do gabinete.

Atualmente, o governo Petro conta com cerca de 37% de aprovação popular, de acordo com levantamento do instituto Directorio Legislativo.

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