O seu nome é Vitor de Sousa Lima. Ele tem 28 anos e é natural de Inhapim, no Leste de Minas Gerais. No entanto, sua foto, sob a legenda “preso”, como num ato de comemoração, aparece até no site da Casa Branca, a sede de governo dos Estados Unidos da América.
Pois bem, embora ninguém o conheça, Vitor figurava na lista dos “piores imigrantes ilegais” dos EUA e agora já está detido pelas autoridades norte-americanas, aguardando ser deportado para o Brasil. Aliás, sua figura se tornou “célebre” neste momento porque a nação mais rica e poderosa do mundo vive dias de terror total com a política de detenções em massa de estrangeiros em situação irregular, promessa de campanha do novo presidente, Donald Trump.
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Mas você deve estar se perguntando: o que Vitor fez de tão grave para estar na lista dos “piores imigrantes ilegais”?
A resposta nem mesmo o governo dos EUA parece ter. O que se sabe é que o mineiro tem uma condenação no Brasil por duplo homicídio culposo, aquele em que não há a intenção de matar. O caso teria ocorrido em 2014, logo que Vitor tinha completado 18 anos. Embriagado e sem habilitação, após recusar uma ordem de parada numa blitz da PM, ele atropelou pai e filho que transitavam numa moto e as vítimas não resistiram. Pelo fato o jovem foi então condenado a quatro anos e oito meses de prisão em regime semiaberto.
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Vitor cumpriu 11 meses e 28 dias da pena, mas na sequência fugiu para os EUA. Lá permaneceu por muito tempo e com status de foragido no Brasil, já que se evadira do país para cumprir a sentença estabelecida pela Justiça. No último sábado (25), o brasileiro acabou preso durante uma batida dos agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês). Ele está numa penitenciária de Dover, em New Hampshire, aguardando a autorização para ser mandado de volta ao seu país.
E essa seria a razão para Vitor figurar na lista de “piores imigrantes ilegais” dos EUA, uma relação destinada a narcotraficantes, terroristas, psicopatas e assassinos em série? O que o mineiro fez foi grave, mas está muito longe de configurar algo que o conduzisse diretamente à tal lista.
Ninguém sabe se esta é a razão para seu nome constar na relação do governo norte-americano. As autoridades de lá não comentam os motivos para a inclusão de seu perfil no cadastro, nem dizem se ele teria cometido outros delitos de extrema gravidade em solo estadunidense. Outra informação que não está disponível é sobre a maneira como Vitor teria chegado aos EUA, já que ele era condenado no Brasil e jamais poderia ter saído do território nacional pelos meios “normais”.
