BARBÁRIE

VÍDEO - Selena Gomez chora ao falar sobre deportados por Trump: "Meu povo sendo atacado"

A cantora e atriz, descendente de mexicanos, usou as redes sociais para lamentar as recentes ações do governo dos EUA

VÍDEO - Selena Gomez chora ao falar sobre deportados por Trump: "Meu povo sendo atacado".Créditos: Reprodução redes sociais
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A cantora e atriz Selena Gomez, descendente de mexicanos, publicou nesta segunda-feira (27) um story em seu perfil no Instagram onde aparece chorando. Emocionada, a artista lamenta o que o governo dos EUA está fazendo com os mexicanos e pede desculpas por "não poder fazer nada".

"Todo o meu povo está sendo atacado, as crianças. Eu não entendo. Eu sinto muito, eu queria poder fazer algo, mas eu não consigo. Eu não sei o que fazer. Eu vou tentar de tudo, eu prometo", declarou a cantora que, após a imensa repercussão do vídeo, acabou deletando a publicação.

Em um novo vídeo, Selena Gomez afirmou: "Aparentemente, não é certo demonstrar empatia pelas pessoas."

Confira no vídeo abaixo o desabafo de Selena Gomez sobre os mexicanos deportados: 

Brasil pedirá explicações dos EUA sobre tratamento 'degradante' a deportados

O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, afirmou que vai pedir explicações ao governo de Donald Trump sobre "tratamento degradante" dado aos brasileiros deportados dos Estados Unidos. 

Neste sábado (25), o governo demonstrou indignação com o fato dos migrantes terem sido algemados e acorrentados durante o voo de deportação. Ao saber da situação quando o avião chegou a Manaus (AM), o presidente Lula (PT) exigiu a retirada imediata das algemas e correntes. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que o uso dos objetos era um "flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros".

Já neste domingo (26), o Itamaraty publicou uma nota repudiando o ocorrido. O ministério afirma que "reuniu informações detalhadas sobre o tratamento degradante dispensado aos brasileiros e brasileiras algemados, nos pés e mãos". A pasta ainda afirma que o uso indiscriminado de algemas e correntes "viola os termos de acordo com os EUA, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados".

As autoridades brasileiras não autorizaram o seguimento do voo fretado para Belo Horizonte na noite de sexta-feira, em função do uso das algemas e correntes, do mau estado da aeronave, com sistema de ar condicionado em pane, entre outros problemas, e da revolta dos 88 nacionais a bordo pelo tratamento indigno recebido. O grupo pernoitou em Manaus e embarcou na tarde de ontem em voo da Força Aérea Brasileira até a capital mineira.

O governo também acrescentou que "considera inaceitável que as condições acordadas com o governo norte-americano não sejam respeitadas". 

"O Ministério das Relações Exteriores vai encaminhar pedido de esclarecimento ao governo norte-americano e segue atento às mudanças nas políticas migratórias naquele país, de modo a garantir a proteção, segurança e dignidade dos brasileiros ali residentes", finaliza a nota.

Brasileiros relatam agressões durante voo de deportação

A ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, viajou até Confins (MG) para receber os brasileiros deportados dos Estados Unidos pelo governo de Donald Trump neste sábado (25). A ministra afirma que recebeu uma série de denúncias de agressões e maus-tratos "muito graves" pelos agentes dos EUA durante o voo de deportação. 

Chegando ao Brasil, eles relataram que foram agredidos e colocados em situações precárias dentro da aeronave. O brasileiro Carlos Vinícius Jesus, de 29 anos, afirmou que os agentes norte-americanos queriam "matá-los". 

"Nós que nos rebelamos contra eles, porque eles iriam nos matar. O avião parou três vezes, lá em Luisiana (EUA), no Panamá e Manaus. Nós que paramos o avião, senão ia cair tudo", disse Carlos à imprensa.

“Foi terrível, vim preso nos braços, nas pernas e na cintura, eles não respeitaram a gente. Bateram em nós. Disseram que iam deixar derrubar o avião e que o nosso governo não era de nada”, acrescentou o brasileiro ao G1

Vitor Gustavo, de 21 anos, relatou que os agentes dos EUA bateram nos deportados por conta do calor. "Eles bateram na gente porque a gente tava com calor e a gente não queria ficar preso no avião mais". A aeronave apresentou problemas técnicos em relação ao ar-condicionado.

'Um inferno'

A brasileira Sandra Souza, 36, definiu o voo de deportação como um "inferno". "Foi um inferno, uma tortura. Desde que a gente saiu de Luisiana, deu para perceber que o avião estava com algum problema. Mesmo assim, eles forçaram. Acho que foi uma falta de compromisso deles", contou. 

O vigilante Jeferson Maia também relatou ao Metrópoles que os brasileiros ficaram mais de 50 horas acorrentados e não podiam nem ir ao banheiro sem privacidade. Além disso, crianças estavam chorando devido ao calor. Ele ainda conta que, ao pedir, junto a outros brasileiros, para sair devido aos problemas da aeronave, ele foi enforcado por um dos agentes.

Aeliton Cândido conta que os agentes também não deixavam os brasileiros beberem água ou comer e que, quando alguém tentava, era agredido. Ele chegou a mostrar dois ferimentos, um no pescoço e um na perna. "Foi na marra que conseguimos vencer essa batalha com ajuda do governo [brasileiro] e da Polícia Federal", disse.

Luis Fernando Caetano contou que não foi agredido, mas viu pelo menos quatro pessoas sofrerem agressão dos agentes. "Estavam 'tudo algemado'. Os caras meteram o porrete sem dó. Desumano", contou. Ele relatou que viu pessoas sendo chutadas e jogadas no chão. 

LEIA MAIS: Brasileiros deportados relatam agressões de agentes dos EUA em voo: 'iriam nos matar'

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