MERCADO DA MORTE

EUA batem recorde de exportação de armas em meio a conflitos globais: mais de R$ 1,8 trilhão

O total de US$ 318,7 bilhões, em 2024, representa um aumento de 29% em relação ao ano anterior, segundo o Departamento de Estado do país

Imagem do F-16, caça comprado pela TurquiaCréditos: Sgt. Andy Dunaway/Forças Armadas dos Estados Unidos/Domínio público
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As vendas de equipamentos militares dos Estados Unidos para governos de outros países atingiram um recorde de US$ 318,7 bilhões, o equivalente a R$ 1,877 trilhão pelos valores do câmbio desta sexta-feira (24), em 2024. O resultado representa um aumento de 29% em relação ao ano anterior, segundo o Departamento de Estado do país.

O recorde se deve ao aumento da demanda global, não só pelos conflitos em andamento durante o ano, como também pelo fato de os países buscarem repor estoques em meio a tensões geopolíticas.

Segundo o Departamento de Estado, as vendas e transferências de armas são “importantes ferramentas de política externa dos EUA com potenciais implicações de longo prazo para a segurança regional e global”.

As negociações se deram principalmente por meio de vendas comerciais diretas, negociadas entre empresas estadunidenses e governos de outros países, e vendas militares organizadas por meio do governo dos Estados Unidos, com ambas as transações exigindo aprovação governamental.

Em 2024, as vendas militares diretas por empresas aumentaram em 27,5%, chegando a US$ 200,8 bilhões, enquanto as vendas militares organizadas por meio do governo subiram para US$ 117,9 bilhões, elevação de 45,7%.

Principais compradores

Entre as vendas militares diretas, Itália e Holanda adquiriram um projeto de instalação de montagem final e verificação do F-35, um caça multifuncional de quinta geração desenvolvido pela Lockheed Martin, em território italiano, no total de US$ 6,7 bilhões. 

Já o Japão comprou motores F135, projetados pela Pratt & Whitney para o caça de quinta geração do mesmo nome, para o Ministério da Defesa do país, totalizando US$ 2,3 bilhões. 

Nas negociações organizadas pelo governo dos EUA, a Turquia investiu na aquisição e modernização das aeronaves F-16, um caça supersônico desenvolvido pela empresa General Dynamics (hoje Lockheed Martin), representando um montante de US$ 23 bilhões.

O governo israelense comprou os F-15IA e F-15I+, versões avançadas do caça F-15 Eagle e personalizadas para atender às necessidades da Força Aérea de Israel (IAF), com um gasto total de US$ 18,8 bilhões.

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