Donald Trump assumiu testando os limites do poder presidencial e revogou o histórico Ato de Igual Oportunidade no Emprego assinado por Lyndon Johnson em 1965.
A legislação, que proibia o governo estadunidense de discriminar ao oferecer empregos com base em "raça, cor, religião e origem nacional", foi um dos resultados do movimento pelos Direitos Civis nos anos 60, nos Estados Unidos.
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O ato de Johnson teve impacto na iniciativa privada. Agora, as decisões de Trump estão levando empresas privadas a se afastar das políticas relacionadas ao DEI -- Diversidade, Igualdade e Inclusão.
Nos anos 60, os segregacionistas -- especialmente no Sul dos Estados Unidos -- se opuseram à medida de Johnson.
Com a decisão de Trump, a extrema-direita celebrou o que chama de "combate ao racismo reverso".
O perdão do novo presidente dos EUA a nacionalistas brancos envolvidos na tentativa de golpe de 6 de janeiro de 2021 já havia deixado clara a "guinada" da Casa Branca em direção ao neofascismo estadunidense.
Hispânicos, "voltem para casa"?
A visão trumpista de uma "América branca e cristã" aparece nos mínimos detalhes: ao remover a página em espanhol do site da Casa Branca, assessores deixaram uma mensagem dúbia, em inglês, que também poderia ser interpretada como "voltar à página inicial":
Go Home
A página foi totalmente removida e a mensagem sumiu.
O New York Times, tratando dos primeiros dois dias de governo Trump, sugeriu surpresa com o estilo "musculoso" do segundo mandato, antevendo que o ocupante da Casa Branca vai perseguir adversários políticos -- indícios da tirania tão denunciada pelos adversários democratas.
Seria a versão atualizada do macartismo dos anos 40 e 50 do século passado, com perseguição a funcionários públicos de carreira não alinhados ao MAGA.
Nas últimas horas, o presidente confirmou que vai impor tarifas sobre as importações do Canadá, México e China a partir de primeiro de fevereiro, desatando uma guerra comercial de consequências imprevisíveis no planeta.