DIPLOMACIA

VÍDEO: Trump revela qual vai ser a relação com Brasil e América Latina

O presidente foi questionado por uma jornalista brasileira enquanto assinava decretos presidenciais na Casa Branca

Trump revela qual vai ser a relação com Brasil e América Latina.Créditos: Reprodução/ Globonews
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Após a conclusão de todas as cerimônias de posse, o presidente Donald Trump foi à Casa Branca para assinar mais de 75 decretos presidenciais.

Entre os decretos assinados, Trump concedeu perdão aos condenados pela invasão do Capitólio, revogou todas as políticas de diversidade implementadas pela gestão Biden, decretou emergência na fronteira com o México e retirou os EUA do Acordo de Paris.

Durante o evento, alguns jornalistas participaram da cobertura, incluindo a brasileira Raquel Krähenbühl, da Globonews que questionou Trump sobre como será a relação dele com o Brasil e se ele pretende conversar com o presidente Lula.

Trump respondeu: "Excelente [relação com o Brasil]. A relação com o Brasil e com a América Latina será excelente. Eles precisam de nós muito mais do que nós precisamos deles. Aliás, todo mundo precisa de nós", afirmou.

Os pontos-chave do discurso de posse de Donald Trump
 

Em um discurso de posse marcado pela sua retórica incisiva, Donald Trump retomou a presidência dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20).

O discurso do presidente corroborou a informação de que mais de 200 ordens executivas - decretos presidenciais - serão emitidas já no dia de hoje. Entre os temas, estiveram questões como a economia e a política ambiental da maior economia do planeta, mas também as propostas transfóbicas do republicano.

Destrinchamos boa parte dos assuntos abordados por Trump: 

Tropas na fronteira

Trump anunciou que irá colocar as Forças Armadas do país na fronteira com o México para conter a imigração no país, reforçando a política anti-imigracionista que o elegeu. Além disso, ele vai declarar estado de emergência nacional na fronteira sul. 

O petróleo acima de tudo

Trump declarou uma emergência nacional no setor de energia, anunciando que vai retomar a exploração  de combustíveis fósseis em níves nunca antes vistos.

“Por isso, hoje também declararei uma emergência energética nacional. Vamos perfurar, e muito”, afirmou, sinalizando um retorno ao foco em combustíveis fósseis. Ele também prometeu revogar mandatos de veículos elétricos, defendendo a reconstrução da indústria automotiva americana em “uma escala inimaginável”.

Transfobia e racismo

No centro do discurso proferido no Rotunda do Capitólio, Trump anunciou que sua administração reconhecerá oficialmente apenas dois gêneros: masculino e feminino. “A partir de hoje, esta será a política oficial do governo dos Estados Unidos”, declarou, reforçando uma linha dura em temas culturais.

Trump prometeu criar uma sociedade “que não enxerga cores e baseada no mérito”, rejeitando o que descreveu como a politização de raça e gênero em todas as áreas da vida pública e privada, prometendo acabar com políticas de equidada racial.

De maneira contraditória, aproveitou a data de hoje, feriado de Martin Luther King, para "fazer seu sonho se transformar em realidade". 

Ele ainda dirigiu-se diretamente às comunidades negras e hispânicas, agradecendo pela confiança demonstrada durante sua campanha. “Eu ouvi suas vozes e estou ansioso para trabalhar com vocês”, disse, recebendo aplausos de pé.

OIho no México e na China

Trump anunciou que cartéis serão designados como organizações terroristas estrangeiras e invocará o “Alien Enemies Act de 1798” para mobilizar todo o poder da lei federal e estadual contra gangues estrangeiras em solo americano.

“Todas as entradas ilegais serão imediatamente interrompidas”, disse, acrescentando que o governo iniciará a devolução de milhões de imigrantes ilegais para seus países de origem.

O movimento é uma provocação ao governo mexicano e abre possibilidade da entrada de tropas dos EUA para ações dentro do território do vizinho.

Outra provocação foi a confirmação da mudança do nome do Golfo do México para Golfo da América. Trump anunciou a intenção de renomear o Golfo do México para “Golfo da América”, um gesto simbólico de reafirmação da soberania nacional.

Ao falar sobre o Canal do Panamá, "presente tolo que nunca deveria ter sido dado", o novo presidente mentiu que "a China está operando" o entreposto comercial.

"Nós não o demos à China. Estamos pegando de volta", ele disse.

Trump também criticou severamente o sistema comercial atual, prometendo uma reforma abrangente. “Em vez de tributar nossos cidadãos, iremos tarifar e taxar os países estrangeiros”, disse, ameaçando, nomeadamente, a China

Era de ouro?

Trump encerrou seu discurso destacando o desejo de ser lembrado como um pacificador e unificador.
“20 de janeiro de 2025 é o dia da liberação”, proclamou, complementando a ideia de que uma "era de Ouro" estaria recomeçando nos EUA.

"Nós não falharemos. Deste dia em diante, os Estados Unidos da América serão uma nação livre, soberana e independente", ele diz. "O futuro é nosso, e nossa era de ouro apenas começou", concluiu Trump.

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