O TikTok pode ter sua operação bloqueada nos EUA, após decisão unânime desta sexta-feira (17), da Suprema Corte.
De acordo com uma lei sancionada por Joe Biden, a empresa ByteDance, que é dona da rede social, tem até o próximo domingo (19), para encontrar um comprador de confiança para poder continuar operando no país.
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A lei foi contestada pela rede social chinesa na Suprema Corte, alegando que ela contraria a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que garante liberdade de expressão para cidadãos do país. Segundo a ByteDance, cerca de 170 milhões de usuários americanos que estão no TikTok não poderiam mais se comunicar pelo app no país.
Os juízes da Suprema Corte, no entanto, entenderam que a lei é válida e não viola a proteção da Primeira Emenda da Constituição dos EUA.
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Como será o banimento
A agência Associated Press conversou com especialistas. Eles afirmam que o aplicativo não vai sumir dos celulares dos usuários, mas ficará impedido de ser baixado em lojas como a Play Store, do Google, e a App Store, da Apple.
Além disso, atualizações também não serão possíveis, o que fará com que o aplicativo apresente falhas para antigos usuários, segundo o Departamento de Justiça norte-americano.
A lei diz ainda que serviços de hospedagem dos EUA também serão impedidos de trabalharem com o TikTok.
O caso foi votado em regime de urgência na Suprema Corte americana, informou o The New York Times.
Trump muda posição
Em 2020, o então presidente Donald Trump tentou impedir que novos usuários baixassem o TikTok, mas perdeu uma série de batalhas judiciais sobre a medida.
Trump, no entanto, passou a defender o TikTok durante a sua campanha vitoriosa de 2024:
"Você sabe, tenho um lugar especial no coração para o TikTok, porque ganhei a juventude por 34 pontos, e há quem diga que o TikTok tem algo a ver com isso", disse ele já eleito, em dezembro.
O governo dos EUA considera que o TikTok é um risco à segurança nacional porque permite à China coletar dados e espionar usuários.
A ByteDance, dona do TikTok, nega a acusação.
