Segundo o jornal americano New York Times, o Hezbollah confirmou neste sábado (28), a morte de Hassan Nasrallah, seu líder de longa data. O assassinato ocorreu em um ataque aéreo israelense à sede subterrânea da organização perto de Beirute.
A morte de Nasrallah foi anunciada mais cedo pelas Forças de Defesa de Israel (FDI). "O ataque foi realizado enquanto os altos escalões do Hezbollah estavam em sua sede e coordenavam atividades terroristas contra os cidadãos do Estado de Israel", informou o comunicado das FDI.
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O bairro de Dahiyeh é uma área densamente povoada, predominantemente xiita. O Ministério da Saúde do Líbano informou que vários prédios foram bombardeados no local e pelo menos seis pessoas morreram e 91 ficaram feridas nas explosões. O número de mortos pode aumentar, já que as equipes de resgate ainda estão vasculhando os escombros de seis edifícios que foram completamente destruídos.
Em reação à morte de Nasrallah, o Líder Supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, exortou a comunidade muçulmana a apoiar o Hezbollah e o Líbano contra o "regime perverso de Israel". "Devemos apoiar o povo do Líbano e o orgulhoso Hezbollah com todos os meios disponíveis e ajudá-los a enfrentar esse regime maligno," disse Khamenei em mensagem publicada pela mídia estatal iraniana.
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Guerra total
A morte de Nasrallah é uma grande escalada na campanha de rápida expansão de Israel contra o grupo apoiado pelo Irã. Segundo o NYT, as duas semanas de ataques de ida e volta ameaçam transformar a região no palco de uma guerra regional total.
Por outro lado, a população de Beirute está apavorada com os seguidos ataques de Israel. Milhares de pessoas de fora de Beirute passaram a noite dormindo nas ruas e praias da capital.
"Ninguém tem ideia do que fazer", disse Zakiya Khattab, 67, que fugiu do Dahiya e passou a noite na Praça dos Mártires, no centro de Beirute. "Gostaríamos muito de voltar, mas não podemos. Não é seguro."
O exército ordenou novas restrições a aglomerações em massa em várias regiões centrais após o assassinato de Nasrallah, incluindo a área metropolitana de Tel Aviv. Há o temor de uma represália por parte do Hezbollah.
Segundo Daniel Hagari, o porta-voz militar israelense, aviões de guerra continuam a atacar alvos do Hezbollah em todo o Líbano, incluindo os subúrbios ao sul de Beirute. “Continuamos, neste momento, a atacar, eliminar e matar os comandantes do Hezbollah”, disse Hagari a repórteres em mensagem televisionado.
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