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Bomba usada por Israel no Líbano penetra em até 2 metros de concreto

EUA forneceu armamento em dezembro do ano passado, mas nega envolvimento

Parceiros.A indústria de armas dos EUA tem relação simbiótica com a de Israel.Créditos: Reprodução
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Segundo o site israelense Últimas Notícias, as Forças de Defesa de Israel usaram 80 toneladas de explosivos despejados por um esquadrão de F-15I sobre o bairro de Beirute onde foi morto o comandante do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

Já o Canal 12, também de Israel, falou em 85 bombas de penetração de uma tonelada cada.

Em dezembro de 2023, os Estados Unidos enviaram centenas de bombas de penetração BLU-109 a Israel, de acordo com o Wall Street Journal.

Cada uma delas carrega cerca de 900 quilos de explosivos. A BLU-109 é fabricada pela General Dynamics, nos Estados Unidos.

É capaz de penetrar em até 2 metros de concreto antes de explodir.

Em geral as bombas são lançadas em série, com as primeiras abrindo as crateras onde cairão novas ondas.

Israel não identificou a munição usada para matar Nasrallah e, supostamente, vários outros líderes do Hezbollah ainda não identificados, que estavam em uma instalação subterrânea.

No ataque, ao menos seis conjuntos residenciais foram pulverizados.

Relação carnal

O uso de bombas de penetração em bairros residenciais é condenado pela Convenção de Genebra, que define o Direito Humanitário Internacional.

Um porta-voz de Israel alegou que o Hezbollah usava os moradores do bairro como escudo humano.

Os Estados Unidos negaram envolvimento na ação, como sempre fazem, mas todo o armamento utilizado nos ataques é de origem estadunidense.

Os F-15I são fabricados por uma subsidiária da Boeing em conjunto com a Força Aérea dos Estados Unidos e de Israel.

O complexo industrial militar estadunidense tem uma relação simbiótica com várias fabricantes de armas de Israel.

O livro "Laboratório Palestino", de Antony Loewenstein, sustenta que Israel usa os territórios que ocupa para testar e exportar tecnologia de vigilância e controle para vários governos do mundo.

Os EUA jamais suspenderam o envio de armas a Israel desde o 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou, levando em seguida à pulverização de bairros inteiros de Gaza.

Com os ataques ao Iêmen, Síria, Líbano, Cisjordânia, Gaza e Irã, Israel já matou mais de 45 mil pessoas desde que o conflito desatou, sem contar os ainda desaparecidos sob escombros.