Nesta quarta-feira (18), foram registradas explosões de walkie-talkies supostamente utilizados por membros do Hezbollah que resultaram na morte de pelo menos nove pessoas e deixaram mais de 300 feridos no Líbano, segundo o ministério da Saúde do país.
Ontem, Israel também conseguiu explodir pagers ao redor do Líbano, que deixaram pelo menos 4 mil feridos e doze pessoas mortas, incluindo uma criança.
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A autoria do ataque não foi reclamada por Israel, mas é consenso na comunidade internacional de que se trata de uma operação da inteligência de Tel Aviv.
No caso dos pagers, foi revelado que a inteligência israelense conseguiu interceptar uma carga de pagers e inseriu mini-detonadores dentro do aparelho eletrônico. O equipamento foi vendido por uma empresa húngara sob licenciamento taiwanês.
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Entenda: NYT e Al Jazeera revelam como foi feito ataque de Israel com pagers no Líbano
Escalada de tensões
Na segunda-feira (16), o estado sionista afirmou oficializou uma ofensiva de maior escala contra o Hezbollah, que atua no sul do Líbano.
Os ataques às comunicações do grupo são parte de uma operação psicológica para desmobilizar a força paramilitar islâmica e garantir mais eficiência aos ataques militares israelenses. Segundo o veículo estadunidense Axios, trata-se de um prenúncio para uma ofensiva militar de "guerra total" do sionismo.
O Hezbollah prometeu retaliar, chamando as explosões de "agressão criminosa", e o governo libanês condenou os ataques, pedindo atenção internacional para a escalada das tensões.
Apesar dos ataques, a liderança do Hezbollah declarou que continuará suas operações contra Israel, especialmente com o aumento dos confrontos desde a intensificação do conflito em Gaza.
O governo brasileiro, através de nota, condenou o ataque aos pagers que sucedeu na terça (17) e pediu pela proteção de civis em meio à escalada dos conflitos.
Com informações de RT, Al Mayadeen, Reuters e Times of Israel.