A prisão do criador do Telegram Pavel Durov levou usuários russos a apagar em massa as mensagens criptografadas que trocaram no aplicativo, de acordo com o diário britânico Guardian.
Margarita Simonyan, editora-chefe do Russia Today, o canal russo bloqueado no Ocidente, fez um alerta em postagem de rede social:
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"Todos que estão acostumados a usar a plataforma para conversas delicadas deveriam excluir essas conversas agora mesmo e nunca mais fazer isso. Durov foi trancado para entregar as chaves. E ele vai dar a eles".
Ela se refere às chaves da criptografia.
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O Kremlin não se manifestou oficialmente sobre a prisão.
Mas, na Rússia, tanto governistas quando opositores de Vladimir Putin lamentaram, temendo pelo futuro da plataforma.
O Telegram continua sendo uma das principais ferramentas utilizadas por oposicionistas. É responsável por cerca de 80% do tráfego de mensagens no país.
FAKE NEWS
Blogueiros militares russos, que transformaram a guerra da Ucrânia também em uma oportunidade de negócios, condenaram a prisão do bilionário, que mora em Dubai.
O popular perfil Rybar disse que o Telegram é uma das principais ferramentas de comando e controle do exército russo na Ucrânia.
Autoridades russas denunciaram a prisão como exemplo da hipocrisia ocidental.
Em canais do Telegram e do X circulou um vídeo com o logotipo e o padrão gráfico da rede árabe Al Jazeera segundo o qual os Emirados Árabes Unidos suspenderiam a compra de caças franceses para protestar contra a prisão.
Porém, mais tarde o vídeo foi denunciado como fake news.
Pavel Durov tem cidadania dos Emirados, da França e da Rússia. Ele comprou cidadania de São Cristovão e Nevis, ilhas caribenhas que são um refúgio fiscal.
O futuro dele será definido na noite desta quarta-feira, 28, quando vence o prazo de sua prisão provisória.