Durante conversa com jornalistas no Vietnã nesta quinta-feira (20), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu a possibilidade de enviar armas para a Coreia do Norte. A declaração foi dada como uma forma de protesto contra o fornecimento de armamentos à Ucrânia pelos países do Ocidente.
A ida de Putin ao Vietnã ocorre no dia seguinte da visita a Pyongyang, capital norte-coreana, onde o mandatário russo assinou um acordo de defesa mútua com Kim Jong-Un.
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A Coreia do Norte é criticada pelo Ocidente por conta de seu suposto desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos, em iminente afronta às sanções da Organização das Nações Unidas (ONU). Para os países da Otan, a aproximação entre russos e norte-coreanos é vista com preocupação.
Putin, por outro lado, vê com preocupação o envio de armas ocidentais à Kiev. No início do mês, ele ameaçou armar os chamados "inimigos do Ocidente" – especialmente Irã, Síria e Coreia do Norte, caso os EUA e a União Europeia enviassem, junto com as chamadas armas de alta precisão, permissão para o governo ucraniano atacar alvos dentro da Rússia.
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“Eu disse, inclusive em Pyongyang, que nos reservamos o direito de fornecer armas para outras regiões do mundo. Levando em consideração nossos acordos. Não excluo essa possibilidade”, declarou Putin.
Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, comentou a fala do mandatário russo a jornalistas americanos. Ele reiterou as preocupações ocidentais em torno da questão.
“Isso [envio de armas a Pyongyang] desestabilizaria a Península Coreana e potencialmente violaria resoluções do Conselho de Segurança da ONU que a própria Rússia apoiou”, declarou Miller.