Durante uma reunião com altos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros do país, na sexta-feira, dia 14, o presidente russo Vladimir Putin disse que "o mundo está se aproximando do ponto de não retorno".
Para Putin, "os EUA e os seus aliados na OTAN destruíram o sistema de confiança e de medidas de controle de armas que foi construído durante décadas no espaço europeu”.
"O egoísmo e a arrogância dos Estados ocidentais levaram à atual situação muito perigosa. Chegamos inaceitavelmente perto do ponto de não retorno." [RT]
Reação da OTAN
Em aparente resposta às declarações do presidente russo, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, declarou numa entrevista ao The Telegraph, que a Organização estuda colocar em alerta suas armas nucleares como um sinal de alerta "a seus inimigos".
Ele revelou que houve consultas ao vivo entre os membros sobre como retirar os mísseis do armazenamento e colocá-los em modo de espera, enquanto espera que essa transparência seja usada como um alerta.
Stoltenberg disse: “Não entrarei em detalhes operacionais sobre quantas ogivas nucleares deveriam estar operacionais e quais deveriam ser armazenadas, mas precisamos conversar sobre estas questões. É exatamente isso que estamos fazendo.”
Em outro ponto da entrevista, Stoltenberg foi mais explícito sobre quem considera como "inimigos" da OTAN:
"O objetivo da OTAN é, obviamente, um mundo sem armas nucleares, mas enquanto existirem armas nucleares continuaremos a ser uma aliança nuclear, porque um mundo em que a Rússia, a China e a Coreia do Norte possuem armas nucleares e a OTAN não, é um mundo mais perigoso."
A tensão entre OTAN, Rússia, China e Coreia do Norte fica maior a cada semana, e a situação se assemelha ao momento que antecedeu a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A questão parece ser quanto tempo falta para o ponto de não retorno chegar e nos levar a uma guerra mundial com o uso de armas nucleares.