VEXAME MUNDIAL

Bolsonaro é destaque no New York Times no caso do roubo das joias

Reportagem detalhada do jornal americano mostra todo o esquema montado pelo ex-presidente para desviar e vender peças que pertencem à União

Bolsonaro no New York Times.Créditos: Reprodução de vídeo
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O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Polícia Federal (PF) no caso do desvio de joias recebidas como presente de líderes estrangeiros foi destaque da edição desta sexta-feira (5), do jornal norte-americano The New York Times.

O jornal, um dos mais importantes dos Estados Unidos, destacou que a Polícia Federal acusa Bolsonaro e dez de seus aliados de tentar manter e vender presentes valiosos recebidos de governos estrangeiros, incluindo joias de diamantes avaliadas em US$ 1 milhão e um conjunto de ouro 18 quilates, ambos presentes da Arábia Saudita.

A reportagem cita ainda um dos casos, em que a equipe de Bolsonaro tentou vender o conjunto de ouro por US$ 50.000 em uma casa de leilões em Manhattan no ano passado. O jornal aponta também documentos demonstrando que dois relógios de luxo foram vendidos em um shopping na Pensilvânia por US$ 68.000, com parte do dinheiro sendo entregue a Bolsonaro.

Outros processos

O New York Times lembra ainda outros problemas legais enfrentados por Bolsonaro, apenas 18 meses após deixar o cargo, entre eles o esquema de falsificação de registros de vacinação contra a Covid-19. Em fevereiro, a polícia confiscou seu passaporte e ordenou que ele permanecesse no Brasil enquanto investigavam seu papel em uma conspiração para manter-se no poder após perder a eleição de 2022. Bolsonaro chegou a passar duas noites na embaixada da Hungria em Brasília, aparentemente buscando asilo, conforme mostram imagens de câmeras de segurança obtidas pelo The New York Times.

Embora a Polícia Federal utilize o termo "indiciamento", Bolsonaro ainda não foi formalmente acusado. Cabe agora ao procurador-geral federal decidir se apresentará acusações contra o ex-presidente e o levará a julgamento. Até o momento, tanto o procurador quanto o Supremo Tribunal Federal do Brasil ainda não haviam recebido as recomendações da polícia.