Luis Ratti, um dos candidatos oposicionistas na eleição presidencial da Venezuela, reconheceu a vitória de Nicolás Maduro e vem acusando Maria Corina Machado, principal líder da oposição venezuelana e que lançou Edmundo González para enfrentar o atual presidente, de organizar um golpe de Estado.
Nas redes sociais, Ratti disse que, apesar de ser da oposição, reconhece a vitória de Maduro e que, diferentemente do que diz Maria Corina e Gonzáles, não houve fraude no processo eleitoral. Ele concorreu como candidato independente pelo partido Direita Democrática Popular.
Te podría interesar
"Hoje, como ex-candidato presidencial e líder político da oposição independente, gostaria de parabenizar o povo venezuelano por um dia de eleição maravilhoso e cívico, e também de reconhecer os partidos políticos, o CNE e o presidente Nicolás Maduro por seu triunfo e reeleição nestas eleições presidenciais de 2024. Também peço paz para o povo venezuelano e justiça contra os geradores de violência, desde já nos colocamos totalmente à sua disposição para garantir a governabilidade e a unidade do e para o povo venezuelano", escreveu Ratti.
O opositor, além de acusar Maria Corina Machado de mentir sobre suposta fraude nas urnas, chegou a chamar a líder opositora de "assassina" e vem pedindo sua prisão por convocar as pessoas às ruas em um movimento golpista contra o governo Maduro.
"María Corina Machado (ASSASSINA) está promovendo uma Guerra Civil, uma perseguição. María Corina Machado é ASSASSINA e CRIMINOSA", escreveu Ratti ao repercutir notícias não confirmadas que vêm circulando nas redes sobre supostas mortes em meio aos atos violentos encampados pela oposição.
Ao todo, 6 candidatos reconhecem vitória de Maduro
Além de Luis Ratti, outros cinco candidatos que concorreram contra Nicolás Maduro, da direita à esquerda, reconheceram a vitória do atual presidente. São eles: Benjamín Rausseo, Daniel Ceballos, José Brito, Javier Bertucci e Luis Eduardo Martínez.
Luis Eduardo Martínez, candidato da Ação Democrática, partido de centro-esquerda, por exemplo, escreveu em suas redes sociais que "o povo venezuelano falou votando". Ele é deputado e reitor da Universidade Tecnológica do Centro
"É obrigação de todos fazer respeitar essa vontade, a voz do povo (...) A paz na Venezuela passa hoje pelo reconhecimento dos resultados oficiais da eleições presidencial anunciados pelo CNE que proclamam reeleito Nicolás Maduro", prosseguiu.
"Todos que participamos dessa eleição nos submetemos às regras e ao árbitro que a regiam. O que nos corresponde agora é aceitar e acatar o veredito do árbitro, que é quem transmite a decisão do povo. Por isso respaldo o CNE e felicito quem o árbitro proclamou como ganhador. Depois que o árbitro pronuncia sua sentença, o que corresponde é passar a página da eleição e começar entre todos o novo capítulo, o da Venezuela reconciliada", afirmou, por sua vez, Benjamín Rausseo, da Confederação Nacional Democrática.
José Brito, candidato do Primeiro Venezuela, falou em "coerência" ao afirmar que "desde que apresentamos nossa candidatura, dissemos que reconheceríamos não só o resultado, mas também o chamado à paz na Venezuela".
*Com informações do Brasil de Fato