Em tom ameno, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou nas redes sobre a desistência de Joe Biden de, aos 81 anos, tentar a reeleição à Casa Branca nos EUA.
A publicação de Lula acontece quase 24 horas depois de Biden abandonar a disputa contra Donald Trump e indicar sua vice, Kamala Harris, como candidato do partido Democrata.
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Lula ressaltou que não pretende mudar a relação de "parceria estratégia" entre Brasil e Estados Unidos, independentemente de quem for eleito.
"A relação do Brasil será com quem for eleito. Temos uma parceria estratégica com os Estados Unidos e queremos mantê-la", afirmou.
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Antes, porém, Lula falou da amizade e do bom relacionamento que mantém com o atual presidente dos EUA.
"Eu fiquei muito feliz quando o presidente Biden foi eleito e mais ainda pelos posicionamentos dele em defesa dos trabalhadores. Estabelecemos juntos uma parceria estratégica em defesa do trabalho decente no mundo. Eu gosto e respeito muito ele", disse o brasileiro, ressaltando que só Biden poderia ter feito a escolha de abandonar a disputa.
"Somente ele poderia decidir se iria ou não ser candidato. Agora, eles vão escolher uma candidata ou um candidato e que o melhor vença a eleição", emendou.
No governo
Alguns ministros de seu governo decidiram se manifestar nas redes sociais. Simone Tebet, ministra do Planejamento, por exemplo, afirmou através das redes sociais que "política não é personalismo, mas, sim, serviço a favor das ideias e valores".
"Biden dá demonstração enorme de grandeza política ao compreender que os democratas precisam de um fato novo para enfrentar o conservadorismo extremista que ameaça o mundo. Que os Democratas tenham o mesmo altruísmo e sabedoria na escolha para confrontar o extremismo", escreveu Tebet.
O ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), por sua vez, classificou a desistência de Biden como uma "grande decisão".
"Biden desiste de ser candidato a presidente dos EUA. Nova convenção escolherá o novo candidato dos Democratas. Grande decisão para derrotar a extrema direita norte americana".
Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), também se manifestou e parabenizou Joe Biden pela atitude de desistir da candidatura.
"Com a ação de hoje, o presidente americano demonstra uma notável sabedoria, grandeza e coragem. Expresso minha solidariedade e reconhecimento a esse homem bom e decente que serve com dignidade ao seu país".
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, endossou uma publicação do senador americano Alex Padilla manifestando apoio a Kamala Harris. "Isso aí, bro!", escreveu o brasileiro.
Biden desiste da candidatura
O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou na tarde deste domingo (21) que não será candidato à reeleição nas eleições que acontecem em novembro. Biden desistiu da disputa contra Donald Trump após sofrer pressão pelo desempenho sofrível no debate contra o republicano no último dia 27.
A desistência foi anunciada por meio de uma carta publicada na rede X.
"Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato", escreveu Biden.
O presidente ainda prometeu que fará uma pronunciamento à nação nesta semana.
"Falarei à Nação ainda esta semana com mais detalhes sobre minha decisão. Por enquanto, deixe-me expressar minha mais profunda gratidão a todos aqueles que trabalharam tanto para me ver reeleito. Quero agradecer à vice-presidente Kamala Harris por ser uma parceira extraordinária em todo este trabalho. E deixe-me expressar o meu sincero agradecimento ao povo americano pela fé e confiança que depositou em mim", seguiu Biden.