De LISBOA | A extrema direita da França venceu as eleições para o Parlamento Europeu e terá a maioria dos assentos destinados ao país em Bruxelas, é o que dizem as sondagens de boca de urna realizadas pelos institutos Ifop e Ipsos, divulgadas neste domingo (9), último dia de votação no continente.
O partido fascista “Rassemblement National” (Reunião Nacional), liderado até pouco tempo no plano nacional pela ultrarreacionária deputada Marine Le Pen, filha do veterano líder neonazista Jean-Marie Le Pen, obteve, segundo reporta a AFP (Agence France Presse), entre 31,5% e 32,4% dos votos, muito à frente da coalização centrista conduzida pelo partido do presidente Emmanuel Macron, o “Renaissance” (antes chamado “La République en March!”), que deve ficar com apenas 15,2%.
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Quem está como cabeça de chapa no “Rassemblement National” é o jovem extremista Jordan Bardella, de apenas 28 anos, que também substituiu Le Pen na presidência do partido. Ele é visto como “o futuro” da extrema direita francesa e, embora escolhido a dedo e aprovado por Le Pen, criou uma popularidade assustadora entre adolescentes e jovens do país, que parecem adorá-lo sem notarem o tipo político nefasto de que se trata.
Do lado do “Renaissance”, quem liderava a chapa era Valérie Hayer, uma advogada de 38 anos que com as bênçãos de Macron recebeu a missão de seguir sendo Eurodeputada na capital da Bélgica, cargo que exerce desde 2019. A legenda, dizem as pesquisas, certamente perderá cadeiras. Já os socialistas, liderados por Raphaël Glucksmann, não devem passar de 14,3%.
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A imprensa francesa diz nas últimas horas que o governo está perplexo com o resultado avassalador alcançado pela extrema direita e que o clima no Palácio do Eliseu seria de velório. Já foi confirmado, ainda para a noite deste domingo (9), que assim que os resultados oficiais forem divulgados o presidente Emmanuel Macron deverá fazer um pronunciamento em cadeia de rádio e TV para falar ao povo.