O bilionário Elon Musk, dono da fabricante de veículos elétricos Tesla, segue a reestruturação da empresa em meio a uma desaceleração no mercado. Ele acaba de encerrar a divisão responsável pelo negócio Supercharger e demitir dois executivos seniores e centenas de funcionários.
De acordo com o Financial Times, Musk anunciou internamente nesta segunda-feira (29) que a chefe do grupo de Superchargers, Rebecca Tinucci, e Daniel Ho, chefe de novos produtos, foram demitidos, juntamente com suas equipes inteiras. Cerca de 500 pessoas faziam parte do grupo de Supercharger, conforme comunicado interno.
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O sistema Supercharger da Tesla é uma das maiores redes de carregamento do mundo e foi uma das razões pelas quais a empresa desfrutou de uma liderança tão dominante sobre as montadoras rivais por tanto tempo. Embora as operações dos Superchargers continuem, a medida levanta questões sobre o futuro do negócio de carregamento.
O que são os Superchargers da Tesla
Os Superchargers são estações de carregamento de alta potência projetadas especificamente para os veículos elétricos da Tesla. Essas estações permitem que os proprietários de veículos Tesla recarreguem rapidamente suas baterias enquanto estão em trânsito, proporcionando uma experiência de viagem mais conveniente e eficiente para os motoristas de carros elétricos.
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Com a rede de Superchargers, os motoristas podem recarregar suas baterias em questão de minutos, o que é significativamente mais rápido do que os métodos de carregamento convencionais. Essas estações estão localizadas em vários pontos estratégicos, como postos de combustível, restaurantes e centros comerciais, para facilitar o acesso e tornar as viagens de longa distância mais viáveis para os veículos elétricos da Tesla.
Fim de unidade de políticas públicas
Toda a unidade de políticas públicas também será dissolvida após a saída de seu líder, Rohan Patel, em meados de abril.
“Espero que essas ações estejam deixando claro que precisamos ser absolutamente duros sobre a contagem de funcionários e a redução de custos”, escreveu Musk no memorando.
O documento foi relatado pela primeira vez pela The Information. “Enquanto alguns executivos estão levando isso a sério, a maioria ainda não está fazendo isso.”
Qualquer gerente “que retém mais de três pessoas que obviamente não passam no teste excelente, necessário e confiável” deve renunciar, acrescentou.
Corte de custos
Essa recentes demissões na empresa vêm depois que o bilionário, que também é dono do X (antigo Twitter), anunciou no mês passado que a montadora cortaria “mais de 10%” de sua força de trabalho total, mais de 14 mil empregos, para ser “inclinar, inovadora e faminta”.
A urgência da mudança foi sublinhada pela Tesla relatando um declínio de quase 10% na receita no primeiro trimestre deste ano, sua primeira queda trimestral desde o início de 2020. O preço das ações caiu mais da metade em relação ao pico de novembro de 2021, de pouco menos de US$ 410 por ação.
A decisão pegou a equipe de surpresa. Will Jameson, que trabalhou na equipe de Supercharger da Tesla, escreveu na rede X que Musk “deixou toda a nossa prisão de carga”. Outro funcionário dessa divisão, George Bahadue, postou no LinkedIn confirmando que ele havia sido desligado.
Ele acrescentou: “O que isso significa para a rede de carregamento, NACS [Norma de Carregamento da América do Norte] e todo o trabalho emocionante que estávamos fazendo em toda a indústria, eu ainda não sei. Que passeio selvagem tem sido.”
Quando Jameson foi perguntado por um leitor em X por que toda a divisão tinha sido desligada, ele respondeu: "Seu palpite é tão bom quanto o meu".
Musk disse no memorando que os locais de Superchargers em construção seriam concluídos e “algum” novos locais seriam construídos.