A Câmara de Representantes dos EUA aprovou neste sábado um projeto de lei que visa banir o TikTok do país. O texto aprovado estabelece o prazo de um ano para que a empresa chinesa ByteDance venda sua participação.
Caso a ByteDance se recuse a vender sua participação, o TikTok será banido nos EUA, onde tem cerca de 170 milhões de usuários.
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O principal argumento utilizado pelas autoridades americanas é que a popular rede social é subordinada ao governo comunista da China e, portanto, serve como um canal de propaganda oficial. Tal tese já foi rejeitada inúmeras vezes pelos gestores do app, inclusive em audiências no parlamento americano.
O projeto de lei que visa proibir o TikTok nos EUA foi vinculado à votação de um pacote de nova ajuda para a Ucrânia e Israel. A legislação foi aprovada com 360 votos a favor e 58 contra.
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Agora, o projeto de lei será votado no Senado, onde também deve ser aprovado. O presidente Joe Biden já sinalizou que vai sancionar a medida que visa proibir o TikTok nos EUA.
"Este projeto de lei protege os americanos, especialmente as crianças, da influência maligna da propaganda chinesa no aplicativo TikTok. Este aplicativo é um balão espião nos telefones dos americanos", declarou o republicano Michael McCaul, do Texas, autor do projeto de lei.
TikTok reage: "atropelo da liberdade de expressão"
Por meio de uma nota divulgada neste domingo (21), o CEO do TikTok, Shou Chew, lamentou a decisão da Câmara dos Representantes e afirmou que se trata de um "atropelo da liberdade de expressão".
"É lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de importante assistência externa e humanitária para mais uma vez aprovar um projeto de lei que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de norte-americanos", declarou o CEO do TikTok.