Um ataque com faca em um shopping lotado em Sidnei, na Austrália, deixou seis pessoas mortas e feriu outras oito na tarde deste sábado (13). Foi o ato de violência em massa mais mortal no país desde 2011.
O horror se desenrolou no primeiro dia das férias escolares. A polícia diz que imagens de câmeras de segurança mostram que o agressor entrou pela primeira vez em Bondi Junction Westfield às 15h10 (horário local) e saiu pouco depois.
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Ele então retornou por volta das 15h20. Começou a se espalhar entre os compradores a notícia de que um homem estava esfaqueando pessoas com uma arma que os espectadores descreveram como uma faca de caça de 30 centímetros de comprimento.
O pânico se alastrou; as pessoas trancavam-se em armazéns, escondiam-se em vestiários – alguns durante horas – ou fugiam para as saídas.
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As vitrines das lojas foram fechadas, alertas de emergência soaram no centro e as pessoas gritavam. Testemunhas disseram que o homem, vestindo uma camisa da liga nacional australiana de rugby, estava disperso, caótico e parecia atacar aleatoriamente.
O episódio aconteceu em Westfield Bondi Junction, um popular shopping center nos subúrbios, um centro comercial e turístico. É uma área rica de Sydney, perto da costa, onde turistas e banhistas passeiam, fazem compras e se encontram com amigos.
O bairro atrai multidões nos finais de semana, onde as pessoas podem fazer compras em lojas sofisticadas do complexo comercial Westfield, ver um filme ou comprar mantimentos.
Durante uma grande reforma em 2005, a área ficou conhecida como um dos maiores shopping centers do Hemisfério Sul.
O distrito também é um ponto de acesso para banhistas e residentes do centro de Sidnei a muitos dos litorais populares da cidade.
Medo, horror e caos no shopping
Além das seis vítimas que morreram, mais oito pessoas estão sendo tratadas em hospitais devido aos ferimentos, incluindo um bebê de nove meses, que foi levado para cirurgia.
Elas estão lutando por suas vidas depois que um homem solitário iniciou uma violenta onda de esfaqueamentos que provocou medo, horror e caos em uma tarde de sábado no shopping.
O agressor também está morto. A onda de assassinatos foi encerrada por uma inspetora de polícia que entrou sozinha no shopping, encontrou o homem no quinto andar com a ajuda de curiosos e atirou nele quando ele se voltou contra ela.
Mãe e bebê
Uma mãe e seu bebê de nove meses estavam entre os atacados pelo homem não identificado publicamente pela polícia, que perambulava pelo centro com uma faca na mão e atacava as pessoas.
De acordo com testemunhas, a mãe, de 38 anos, estava desesperada para salvar seu bebê depois que ambos foram esfaqueados, entregando sua filha a dois homens enquanto ela estava gravemente ferida.
Ela morreu mais tarde no hospital. Testemunhas disseram que o agressor parecia escolher suas vítimas aleatoriamente.
Maioria das vítimas é mulher
A comissária de polícia Karen Webb, da Polícia de Nova Gales do Sul, disse que o motivo do agressor não era claro, mas não havia indicações de que fosse um crime de ódio ou relacionado ao terrorismo.
Webb foi especificamente questionada por jornalistas da mídia local sobre se a polícia acredita ou não que os ataques de hoje foram direcionados, já que cinco das seis vítimas mortas eram mulheres.
Webb respondeu que a polícia neste momento "não sabe" e acrescentou que é "muito cedo para especular".
A polícia investiga os antecedentes do agressor, acrescentou ela.
"Dado o ambiente, é possível que seja aleatório, mas é muito cedo para especular".
Primeiro-ministro se pronuncia
É o pior assassinato em massa no estado desde o incêndio no lar de idosos Quakers Hill em 2011, quando 11 pessoas morreram em um incêndio criminoso.
O primeiro-ministro Anthony Albanese, pelo X, classificou as mortes como trágica.
"Fui informado pela AFP sobre os acontecimentos devastadores em Bondi Junction. Tragicamente, várias vítimas foram relatadas e os primeiros pensamentos de todos os australianos estão com as pessoas afetadas e seus entes queridos. Nossos corações estão com os feridos e oferecemos nossos agradecimentos àqueles que cuidam deles, bem como aos nossos corajosos policiais e socorristas", escreveu Albanese.
Com informações do The Sidney Morning Herald, The New York Times e BBC