ELON MUSK

Elon Musk apoiou candidato mais à direita que Trump e defendeu teoria da conspiração

Antes de defender golpismo nos EUA e no Brasil, o bilionário fez campanha aberta para Ron DeSantis, que publicou propaganda nazista em suas redes sociais

Créditos: Divulgação/Casa Branca
Escrito en GLOBAL el

Desde sexta-feira (5), Elon Musk tem sido o tema principal do debate público brasileiro. O magnata, que afirmou que não irá mais cumprir decisões judiciais no Brasil, tem atraído a atenção da extrema direita brasileira, além de figuras como Allan dos Santos, Monark e Eduardo Bolsonaro.

Musk, cuja fortuna foi herdada durante o apartheid, não tem hesitado em apoiar a extrema direita também em seu próprio país.

O dono do Twitter fez a aquisição da rede social neste contexto, afirmando que iria transformar a plataforma em um ambiente de "liberdade de expressão", ou seja, ampliar o nível de discurso de ódio e permitir a presença de contas que desafiem o estado democrático de direito, como o próprio Donald Trump, cuja conta no Twitter foi reativada após a aquisição de Musk.

APOIO EXPLÍCITO AO FASCISMO

O bilionário também fez campanha aberta para Ron DeSantis, candidato de extrema direita à presidência dos EUA e atual governador da Flórida.

DeSantis tentava ser uma alternativa mais reacionária que Trump nas últimas primárias, mas perdeu as eleições.

Como não esquecemos, o candidato apoiado por Musk literalmente publicou uma propaganda neonazista em sua conta oficial do Twitter no ano passado.

Ou seja: Musk não tem qualquer objeção à extrema direita.

Tanto é que, dentro de seu próprio país, defendeu a liberdade dos invasores do Capitólio que tentaram dar um golpe nas eleições em 6 de janeiro de 2021.

"Encorajador", disse Musk ao comentar uma notícia sobre a libertação de diversos golpistas envolvidos na tomada do Capitólio.

Além disso, ele evoca a teoria da conspiração de que a mídia estadunidense seria uma extensão do Partido Democrata. No entanto, esqueceu-se de que a Fox News, a maior empresa de mídia dos EUA, é editorialmente pró-Trump.

"A mídia tradicional, com exceções notáveis, é quase inteiramente uma máquina de propaganda do Partido Democrata", afirmou.

O bilionário também se esqueceu de que uma das maiores redes sociais do mundo, o X, que está sob seu controle, se transformou em um reduto do extremismo.

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar