Ao menos cinco palestinos famintos foram mortos por pacotes de ajuda humanitária atirados por aviões.
Estados Unidos e Jordânia fazem uma missão aérea conjunta em Gaza, mas o Comando Central estadunidense negou envolvimento no episódio.
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Um vídeo registrou a queda veloz de pacotes nos quais o paraquedas não abriu ou abriu parcialmente.
Pressionado pela opinião pública nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden optou por uma missão vistosa, porém quase inócua.
Na quinta-feira, 7, aviões Hércules C-130 despejaram 52.700 refeições no território palestino, que tem 2 milhões de habitantes.
"Uma gota num balde", reagiu Zomi Frankcom, gerente de uma ONG de ajuda humanitária baseada em Washington.
Fontes das Nações Unidas citadas pela rede estadunidense ABC se referiram ao esforço como "custoso, ineficiente e perigoso".
Porém, o lançamento de ajuda rende imagens vistosas para a TV e as redes sociais.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) afirma que o socorro aos palestinos famintos só será eficaz se for massivo e acompanhado de um cessar-fogo.
Hoje, no X, a UNRWA postou:
Intensos bombardeios israelenses aéreos, terrestres e marítimos continuam a ser relatados em Gaza. 9.000 mulheres mortas pelas forças israelenses, sem incluir aquelas que se acredita estarem enterradas sob os escombros. Pelo menos 18 crianças morreram de desidratação e desnutrição.
Em seu discurso do Estado da União, Joe Biden prometeu construir um porto provisório em Gaza para descarregar ajuda humanitária vinda de Chipre, com apoio da União Europeia:
A situação humanitária em Gaza é terrível, com famílias e crianças palestinas inocentes desesperadas por necessidades básicas. É por isso que hoje a Comissão Europeia, a Alemanha, a Grécia, a Itália, os Países Baixos, a República de Chipre, os Emirados Árabes Unidos, o Reino Unido e os Estados Unidos anunciam a nossa intenção de abrir um corredor para fornecer assistência humanitária por via marítima.
Tanto Biden quanto os paises europeus, que armam Israel, tentam escapar da pecha de que são cúmplices do genocídio dos palestinos.
De um lado, oferecem comida. De outro, bombas e munição -- e cobertura diplomática -- para Israel.
Veja o vídeo: