A Palestina, um território não contíguo no coração do Oriente Médio, permanece dividida e enfrenta desafios complexos enquanto busca o reconhecimento internacional como Estado soberano. Compreendendo a Faixa de Gaza e áreas na Cisjordânia, a Palestina é o lar de 5,1 milhões de habitantes, cujas vidas são moldadas por um cenário geopolítico conturbado e uma história repleta de conflitos.
Geografia, Clima e Demografia
O território palestino é caracterizado por uma geografia diversificada. A Faixa de Gaza, no extremo leste do Mar Mediterrâneo, enfrenta a dualidade de um clima temperado, influenciado pelo Mediterrâneo, e a proximidade ao deserto ao sul de Israel. A Cisjordânia, situada entre Israel e a Jordânia, exibe uma topografia marcada por planaltos, depressões e uma cadeia montanhosa. Ambas as regiões, apesar de sua proximidade, não possuem contiguidade física.
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Com uma população de 5,1 milhões, a maioria dos palestinos reside na Cisjordânia, enquanto a Faixa de Gaza é a região mais densamente povoada. A diáspora palestina ultrapassa fronteiras, com mais de 738 mil palestinos vivendo em países não árabes. Hebron, na Cisjordânia, e Gaza são as cidades mais populosas de suas respectivas regiões.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Palestina é considerado alto, refletindo uma expectativa de vida de 74,1 anos e uma taxa de alfabetização de 97,5%. No entanto, desafios persistem, especialmente no que diz respeito ao desemprego, atingindo 49,1% em Gaza em 2020.
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Economia, Governança e Infraestrutura
A economia palestina enfrenta desafios significativos, resultantes da instabilidade política e dos conflitos persistentes. O Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 foi de US$ 16,27 bilhões, com um aumento de aproximadamente 68% em uma década. A agricultura desempenha um papel crucial na economia, com destaque para a produção de azeitonas, vegetais e frutas cítricas. Setores emergentes, como tecnologia e comunicação, buscam impulsionar o crescimento econômico.
A Palestina, não reconhecida como Estado por todos os membros da ONU, opera sob uma forma de governo parlamentarista. A Autoridade Nacional Palestina (ANP), estabelecida em 1994, representa o governo provisório. A busca pelo reconhecimento internacional continua, embora até 2019, 138 países, incluindo o Brasil, reconheceram a Palestina como um Estado independente.
Os palestinos, em sua maioria, vivem em áreas urbanas, enfrentando desafios diários relacionados a infraestrutura. Apesar de altas taxas de acesso à água potável e eletricidade, a população ainda enfrenta obstáculos, especialmente nas regiões desconectadas da rede urbana. Acesso à internet, no entanto, cresceu significativamente, atingindo 64,4% em 2020.
Cultura e História resistentes:
A cultura palestina, fortemente influenciada por diversas tradições, representa uma forma de resistência e união para um povo frequentemente dividido. Marcada por celebrações familiares, rituais religiosos prolongados e uma rica culinária, a cultura palestina continua a ser um elemento fundamental na identidade do povo.
A história da Palestina é marcada por uma ocupação antiga, movimentos migratórios e a intensificação dos conflitos após a Segunda Guerra Mundial. A criação de Israel em 1948 resultou em disputas territoriais e, desde então, a busca pela autonomia e reconhecimento da Palestina persiste, apesar dos desafios contínuos.
A Palestina permanece como um território dividido, onde a busca por estabilidade política e reconhecimento internacional continua a moldar a jornada deste povo resiliente no Oriente Médio.