Mais de 25 mil mulheres e crianças palestinas foram mortas por Israel na Faixa de Gaza desde outubro, quando a guerra teve início após ataque do Hamas. O dado foi divulgado pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, nesta quinta-feira (29).
Mais cedo, o Ministério da Saúde de Gaza anunciou que mais de 30 mil pessoas foram mortas em Gaza devido aos ataques constantes de Israel e à fome que assola os palestinos. Ainda nesta quinta-feira, Israel disparou contra civis que tentavam alcançar um caminhão com comida em Gaza, e 112 pessoas foram mortas, além de 760 feridas.
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A Organização das Nações Unidas (ONU) que tenta interferir por um cessar-fogo, além de sempre reforçar os dados da fome e da tragédia em Gaza, afirmou que essa guerra é de longe a mais violenta das cinco já travadas entre Israel e Hamas.
A declaração do secretário de Defesa dos Estados Unidos, país que apoia Israel desde o início do conflito, deu a declaração em um comitê legislativo em Washington, em resposta ao pedido do número de mulheres e crianças mortas em Gaza.
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Israel impede ajuda humanitária
Desde o início do conflito, Israel impõe barreiras para a chegada de ajuda humanitária em Gaza, que leva comida e mantimentos. No dia 16 de fevereiro, o escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU denunciou que apenas uma em cada quatro missões humanitárias enviadas ao norte de Gaza desde o início do ano chegaram ao destino.
A organização também calcula que 2,2 milhões de pessoas correm o risco de morrer de fome na região. Além disso, cerca de 97% da água em Gaza foi classificada como o “não apta para o consumo humano” e a produção agrícola está colapsando, segundo Maurizio Martina, diretor-geral adjunto da ONU para a Agricultura.
Biden fala em cessar-fogo
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu uma declaração que dá a todos uma esperança de paz, nesta quinta-feira (29). “Minha esperança é que tenhamos um cessar-fogo até a próxima segunda-feira”, disse Biden aos repórteres durante uma viagem a Nova York, quando questionado sobre quando começaria a trégua. “Estamos perto, ainda não chegámos lá”, disse o presidente democrata, que garantiu que o acordo para uma trégua que se estenderia durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã, que começa em 10 de março, “para nos dar tempo para remover todos os reféns".