A agência de notícias Al-Qastal News, vinculada a entidades religiosas da cidade palestina de Jerusalém, na Cisjordânia, divulgou nesta sexta-feira (15) os números da recente investida do Estado de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza iniciada em 7 de outubro do ano passado. Os dados são assustadores e mostram que a contagem de corpos se aproxima dos 40 mil mortos a 160 dias do início do massacre.
Um dado curioso é que em 31 de outubro, ou seja, no mês que começou essa nova bateria de violência contra os palestinos, o Estado de Israel declarou a Al-Qastal como uma “organização terrorista” e baniu suas operações. Dessa forma o leitor que procurar o canal nas redes sociais, achará perfis novos no Facebook, Instagram e X (antigo Twitter), com um número de seguidores bastante reduzido.
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Entre os dados divulgados pela agência, está o assassinato de 133 jornalistas que cobriam o massacre, o que coloca em cheque a posição de Israel diante da empresa jornalística.
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“A decisão de denunciar e condenar a Al-Qastal chega como parte da campanha que mira a imprensa palestina. Continuaremos trabalhando na cobertura da Palestina e na exposição dos crimes da ocupação israelense”, disse a empresa na ocasião da sua 'transformação' em “organização terrorista”.
Confira a seguir os dados levantados pelos jornalistas palestinos nesses 160 dias de genocídio em Gaza.
- 2.761 massacres cometidos pelo exército israelense.
- 38.341 vítimas civis e desaparecidos, dos quais 31.341 chegaram a hospitais.
- 13.790 assassinatos de crianças, incluindo 27 que sucumbiram à fome.
- 9.100 vítimas do sexo feminino e 364 de equipes médicas.
- 48 assassinatos na Defesa Civil e 133 jornalistas assassinados.
- 7.000 pessoas continuam desaparecidas.
- 73.134 indivíduos infectados, sendo 72% crianças e mulheres.
- 17.000 crianças vivem sem um ou ambos os pais.
- 11.000 feridos necessitam de tratamento médico urgente.
- 10.000 pacientes com câncer enfrentam riscos de risco de vida.
- 700 mil pessoas deslocadas são suscetíveis a doenças infecciosas.
- 8.000 casos de hepatites virais por deslocamento.
- 60.000 mulheres grávidas em risco devido a falta de acesso aos cuidados de saúde.
- 350.000 pacientes crónicos enfrentam escassez de medicamentos.
- 269 profissionais de saúde presos, além de 10 jornalistas.
- 2 milhões de cidadãos deslocados em Gaza.
- 166 sedes governamentais destruídas, 100 escolas e universidades totalmente demolidas e outras 305 parcialmente destruídas.
- 223 mesquitas completamente destruídas e outras 289 parcialmente danificadas.
- 3 igrejas visadas e destruídas.
- 70.000 unidades habitacionais completamente demolidos e 290.000 outros parcialmente destruídos ou inabitáveis.
- 70.000 toneladas de explosivos lançadas sobre Gaza.
- 32 hospitais e 53 centros de saúde desativados.
- 155 instituições de saúde visadas.
- 126 ambulâncias atacadas.
- 200 sítios arqueológicos e patrimoniais destruídos.