O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira (1°) que o país irá lançar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza nos próximos dias. O país esteve ao lado de Israel desde o início do conflito.
O anúncio veio após o massacre que Israel cometeu contra palestinos que tentavam alcançar um caminhão de comida, enviado como ajuda humanitário ao enclave palestino. Ao todo, foram 112 civis mortos e 760 feridos.
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"Pessoas inocentes foram pegas em uma guerra terrível, incapazes de alimentar suas famílias, e você viu a resposta quando tentaram obter ajuda. Precisamos fazer mais. Os Estados Unidos vão se unir aos nossos amigos da Jordânia e outros para fornecer lançamentos aéreos de suprimentos para Gaza e buscar abrir outras vias de ajuda humanitária, incluindo a possibilidade de um corredor marítimo", afirmou Biden em anúncio na Casa Branca.
A data para o lançamento de ajuda não foi divulgada, nem sobre qual área de Gaza ele será feito.
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Nesta quinta-feira (29), Biden também falou em um cessar-fogo em Gaza no Ramadã, período religioso muçulmano, que este ano vai de 10 de março a 8 de abril. No dia 20 de fevereiro, os EUA também apresentaram, pela primeira vez, uma proposta de cessar-fogo no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O ataque de Israel gerou uma grande repercussão nacional. Nesta quinta-feira (29), a hashtag #GazaHolocaust ficou entre os assuntos mais comentados do X (antigo Twitter). Pessoas de diversos países do mundo denunciaram o genocídio que Israel comete contra os palestinos.
Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já se posicionou diversas vezes contra o genocídio em Gaza, convocou a comunidade internacional contra Israel durante reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). “As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante", disse Lula. “Eu quero aproveitar a presença do nosso querido companheiro secretário-geral da ONU, António Guterres, para propor uma moção da Celac pelo fim imediato desse genocídio", completou o petista.
"Nossa dignidade e humanidade estão em jogo. Por isso, é preciso parar a carnificina em nome da sobrevivência da humanidade, que precisa de muito humanismo", declarou Lula.
"O Secretário-Geral poderá chamar a atenção do Conselho de Segurança para qualquer assunto que em sua opinião possa ameaçar a manutenção da paz e da segurança internacionais", convocou o presidente.
Comunicado duro do Itamaraty
O governo Lula aumentou ainda mais o tom contra o genocídio perpetrado pelo governo sionista de Israel um dia após o "massacre das farinhas", como foi chamado o ataque de Israel contra os civis palestinos.
"O Governo brasileiro recorda a obrigatoriedade da implementação das medidas cautelares emitidas pela Corte Internacional de Justiça, em 26 de janeiro corrente, que demandam que Israel tome todas as medidas ao seu alcance para impedir a prática de todos os atos considerados como genocídio, de acordo com o Artigo II da Convenção para a Prevenção e a Repressão e Punição do Crime de Genocídio", diz o texto, em um apelo à comunidade internacional para barrar o massacre do povo palestino em Gaza.