Após meses de pressão por um esclarecimento, o governo Benjamin Netanyahu revelou os seus planos para a Faixa de Gaza a partir do momento do fim da operação militar na região.
O documento, nomeado 'O Dia Depois do Hamas', é uma tentativa de acalmar o centro político israelense e a comunidade internacional, que busca entender qual é o objetivo da operação militar que já matou mais de 12 mil crianças palestinas.
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A proposta afirma que a guerra acabará quando toda a resistência armada palestina for "aniquilada" na região, incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina.
Isso inclui a região de Rafah, onde mais de 1,2 milhão de palestinos estão concentrados após migração forçada. A carnificina ocorrerá. É questão de tempo.
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Depois que toda resistência armada for aniquilada, Netanyahu ordenará a manutenção de tropas em Gaza, que devem manter a "pacificação da região" de maneira indefinida. Leia-se: o Exército Israelense se manterá na Faixa de Gaza.
Após considerar o local seguro, Israel irá colocar colaboradores palestinos para governar a região, que não serão nem do Hamas e nem do Fatah, partido que controla a Cisjordânia sob a Autoridade Nacional Palestina.
A única forma de armamento permitida na Faixa de Gaza será a de uma polícia palestina, que deve ser submissa ao governador indicado pelos israelenses.
Israel quer controlar ainda a fronteira entre Egito e Gaza.
O governo Netanyahu também afirmou que irá aniquilar a Agência de Refugiados Palestinos da ONU (UNRWA).
O documento ainda deixa claro que Israel não irá aceitar uma declaração de independência ou reconhecimento unilateral de um estado palestino.
Na prática, Israel retomará o controle da Faixa de Gaza, tentará colonizar novamente a região com assentamentos e rezará para encontrar legitimidade em seu governo fantoche para os palestinos e enfrentará a fúria dos sobreviventes simpatizantes do Hamas e da OLP.
A solução de dois estados, defendida pela União Europeia e por boa parte dos estados árabes, está fora dos planos.
A paz na região também.