A atriz americana Susan Sarandon, vencedora do Oscar de 1995, correu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após ele comparar as mortes na Faixa de Gaza ao Holocausto.
Sarandon, que já foi indicada cinco vezes ao Oscar, compartilhou publicação da marca Wear The Peace defendendo as falas do presidente brasileiro. Sarandon é uma das vozes de Hollywood mais críticas às políticas de Israel.
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Relembre o caso
Em mais uma dura declaração contra o massacre promovido pelo governo sionista de Israel na Faixa de Gaza, Lula afirmou, ao deixar a Etiópia na manhã deste domingo (18), que o genocídio na região palestina só encontra um precedente na História do mundo: "quando Hitler resolveu matar judeus".
A declaração se deu quando Lula afirmou que o Brasil vai voltar a defender na Organização das Nações Unidas (ONU) o direito de existência de um estado Palestino na região, algo que é desrespeitado por Israel desde 1948. O país também aumentará as doações para a Palestina.
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Lula ainda voltou a criticar a suspensão da ajuda humanitária para a UNRWA, agência das Nações Unidas de Assistência e Trabalho para Refugiados da Palestina no Oriente Próximo - na sigla em inglês - após lobby de Israel.
Em janeiro, mais de 10 países, entre eles os Estados Unidos e a França, interromperam o envio de dinheiro depois que funcionários da organização foram acusados sem provas por Israel de ajudar o Hamas a atacar o país em 7 de outubro de 2023.
"Ora, se teve algum erro nessa instituição que recolhe o dinheiro, então apura-se quem errou. Mas, não suspenda a ajuda humanitária a um povo que está há quantas décadas tentando construir seu Estado", disse Lula.
"O Brasil vai reconhecer na ONU que o Estado palestino seja reconhecido oficialmente como pleno e soberano. [...] É preciso parar de ser pequeno quando a gente deve ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum momento histórico... Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", emendou o presidente brasileiro.
Lula ainda criticou duramente a ofensiva de Israel, dizendo que o que acontece na Palestina é a guerra de um dos mais potentes exércitos do mundo contra "mulheres e crianças".
"Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar contribuição para a questão humanitária aos palestinos, fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio. Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um exército altamente preparado e mulheres e crianças", afirmou.
Lula ainda voltou a apontar a fragilidade dos organismos multilaterais, em especial do Conselho de Segurança da ONU, na mediação de conflitos pelo mundo.
"Nós não temos governança. Eu digo todo dia: a invasão do Iraque não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a invasão da Líbia não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a invasão da Ucrânia não passou pelo Conselho de Segurança da ONU. E a chacina de Gaza não passou pelo Conselho de Segurança da ONU. Aliás, as decisões do Conselho não foram cumpridas [por Israel] e tampouco foi cumprida a decisão do Tribunal Penal no processo da África do Sul [que acusou o estado sionista de genocídio]. O que estamos esperando para humanizar o ser humano? É isso o que está acontecendo no mundo. O Brasil condenou o Hamas, mas o Brasil não pode deixar de condenar o que o Exército de Israel está fazendo na Faixa de Gaza", concluiu.
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