MUDANÇA

Em recado a Israel, EUA agora pregam cessar-fogo na ONU

Joe Biden, sob pressão, condena propostas da extrema-direita de Israel para o futuro de Gaza

A resolução dos EUA ainda não tem data para ser votada no Conselho de Segurança da ONU
Sem data.A resolução dos EUA ainda não tem data para ser votada no Conselho de Segurança da ONUCréditos: Foto ONU
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Na tentativa de esvaziar uma proposta da Argélia, que prega cessar-fogo imediato e deve ser votada hoje no Conselho de Segurança das Nações Unidas, os EUA apresentaram seu próprio texto, pela primeira vez falando em "cessar-fogo".

Segundo a Reuters, a proposta "sublinha o seu [dos EUA] apoio a um cessar-fogo temporário em Gaza o mais rapidamente possível, com base na fórmula da libertação de todos os reféns, e apela ao fim de todas as barreiras à prestação de assistência humanitária em grande escala".

O texto também condena a decisão de Israel de fazer uma incursão terrestre em Rafah, para onde centenas de milhares de palestinos de Gaza fugiram e hoje vivem em tendas.

Segundo a resolução:

 Nas atuais circunstâncias, uma grande ofensiva terrestre em Rafah resultaria em mais danos aos civis e no seu deslocamento adicional, incluindo potencialmente para países vizinhos.

RECADO A TEL AVIV

Apesar de não falar em um cessar-fogo imediato, a proposta dos Estados Unidos é vista como uma sinalização ao governo de Israel de que Washington não pretende mais vetar todas as resoluções consideradas prejudiciais a Tel Aviv.

O texto estadunidense condena os ministros de Israel que pretendem implantar assentamentos de colonos israelenses em Gaza depois da guerra, assim como:

Quaisquer ações de qualquer parte que reduzam o território de Gaza, numa base temporária ou permanente, inclusive através do estabelecimento oficial ou não oficial das chamadas zonas tampão, bem como a demolição generalizada e sistemática de infraestruturas civis. 

A decisão dos EUA tem relação com pesquisas recentes demonstrando que as ações de Joe Biden em relação a Israel podem custar a ele votos nas eleições deste ano, principalmente entre os jovens.

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