A fala do presidente Lula na qual ele compara o genocídio do governo sionista de Israel contra o povo palestino ao holocausto judeu promovido pelo regime nazista reverbera na mídia tradicional e nas redes sociais. Já a situação real da região bombardeada há 134 dias não ganha o mesmo espaço e muito menos desperta indignação ou solidariedade.
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Em meio à forte repercussão da fala de Lula, a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Glesi Hoffmann (PR), fez um post neste domingo (18) na qual contextualiza a declaração do presidente.
Ela reforça o contexto de uma obviedade que tem sido distorcida e manipulada por sionistas. "As palavras do presidente sobre o extermínio da população de Gaza foram claramente dirigidas ao governo de extrema direita de Israel, e não aos judeus, ao povo israelense, como tenta manipular Netanyahu", destacou.
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A parlamentar comentou ainda que "nada é tão cruel quanto o que vem sofrendo o povo palestino, vítima de uma política de extermínio orientada pelo preconceito e pelo ódio. O governo de extrema direita de Israel está levando o país ao isolamento internacional e tem recebido a repulsa da civilização.".
"Deveriam se envergonhar de seus crimes contra a humanidade. Parem com o massacre! Sentem-se à mesa para construir a paz, respeitando o direito de todos os povos à soberania e à justiça", finalizou.
Sem hospital em Gaza
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou neste domingo (18) que um dos últimos hospitais em funcionamento na Faixa de Gaza não é mais capaz de atender dezenas de pacientes que permanecem lá durante uma incursão contínua do exército israelense.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, chefe da OMS, afirmou nas redes sociais que cerca de 20 dos 200 pacientes ainda abrigados no Complexo Médico Nasser, em Khan Younis, precisam ser transferidos urgentemente para outros hospitais.
Uma equipe da agência da ONU não foi autorizada a entrar no hospital na sexta-feira ou sábado.
"O hospital Nasser em #Gaza não está mais funcional, após um cerco de uma semana seguido pela incursão em andamento. O custo dos atrasos será pago com vidas de pacientes. O acesso aos pacientes e ao hospital deve ser facilitado", escreveu.
Sem ajuda humanitária em Gaza
O enviado especial dos EUA para ajuda humanitária, David Satterfield, declarou na última sexta-feira (16) que os ataques militares israelenses contra policiais palestinos têm prejudicado a entrega de ajuda humanitária crucial na Faixa de Gaza.
Segundo Satterfield, os recentes ataques resultaram na morte de vários policiais que escoltavam comboios de ajuda da ONU em Gaza, tornando praticamente impossível a distribuição da ajuda sem a colaboração da polícia.
Ele destacou os esforços em andamento com o governo e militares israelenses para encontrar soluções que permitam a continuidade da assistência humanitária. Satterfield refutou as acusações frequentes de Israel sobre o desvio de ajuda pelo Hamas, indicando que nenhuma evidência específica foi apresentada para comprovar tais alegações.
A presença de gangues criminosas e a valorização da ajuda humanitária no mercado negro também foram apontadas como obstáculos à distribuição eficaz da ajuda em meio à fome crescente em Gaza.
Sem perspectiva de cessar-fogo
Os Estados Unidos, mais importante aliado de Israel anunciaram que não apoiarão uma futura resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo entre Israel e o Hamas em Gaza.
A embaixadora dos EUA na Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que tal medida poderia comprometer as negociações em andamento para a libertação de reféns em Gaza.
A Argélia apresentará a resolução, enquanto os EUA, um membro permanente do Conselho, já vetaram uma resolução semelhante em dezembro, alegando o direito de defesa de Israel contra ataques do Hamas.
O presidente Joe Biden tem pressionado por um acordo para libertar reféns, mantendo conversas com líderes de Israel, Catar e Egito ao longo da semana.
Sem acordo para Estado Palestino
O governo israelense aprovou uma resolução rejeitando tentativas internacionais de impor um estado palestino a Israel.
A medida, amplamente simbólica, surgiu em resposta a comentários recentes de aliados de Israel considerando o reconhecimento de um estado palestino antes de um acordo com os palestinos.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu descreveu a aprovação como uma "decisão declarativa" diante de observações internacionais recentes.
Sem avanço no diálogo
Netanyahu também anunciou no sábado (17) que as negociações para um cessar-fogo e acordo de libertação de reféns estão paralisadas.
Apesar dos alertas internacionais, seu governo prosseguirá com planos para uma ofensiva terrestre em Rafah, na Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro israelense acusou o Hamas de manter exigências absurdas durante negociações mediadas no Cairo. As delegações de ambas as partes discutiram possíveis avanços durante a semana, com mediadores como Catar e Egito intermediando as conversas. Netanyahu indicou que a delegação israelense foi instruída a avaliar se o Hamas recuou de suas demandas.
Sem apoio de israelenses
Milhares de manifestantes contrários ao governo de extrema direita de Israel se reuniram em uma avenida central de Tel Aviv no sábado, marcando uma das maiores expressões de indignação em meses contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Após uma pausa devido aos ataques liderados pelo Hamas em outubro passado, os protestos ganharam força nos últimos meses, com apelos por eleições imediatas e manifestações vigorosas contra o governo.
Sem paz
Pelo menos 28.985 palestinos, na sua maioria mulheres e crianças, foram mortos desde o início da guerra, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que não faz distinção entre civis e combatentes nos seus registors. O número de mortos inclui 127 cadáveres levados para os hospitais nas últimas 24 horas, informou o órgão neste domingo. Cerca de 80% da população de Gaza foi expulsa das suas casas e um quarto enfrenta a fome.