Imagine que o seu país está em guerra e você é um dos principais ativistas a favor da remoção dos palestinos da Faixa de Gaza, em idade militar.
Naturalmente, você iria para a guerra, correto? Mas a verdade é que Yair Netanyahu, filho de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel acusado de genocídio, decidiu ficar em Miami.
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Yair saiu de Israel há alguns anos por ter posições consideradas extremamente radicais e ser visto como uma ameaça para a estabilidade do governo Bibi, que despence em popularidade desde o dia 7 de outubro de 2023.
Mas ao invés de se alistar na guerra assim como outros milhares de israelenses e estrangeiros pró-sionismo, Yair decidiu ficar em um condomínio caríssimo de luxo, como mostra o britânico Daily Mail.
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"Ele gosta de fazer guerra – mas através das redes sociais”, afirmou ao periódico o jornalista do Haaretz Uri Misgav, crítico de Netanyahu e sua trupe.
De acordo ainda com o jornal, Yair ainda goza de segurança particular feita por dois agentes armados do Shin Bet, serviço de inteligência interna de Israel.
O Daily Mail afirma que a proteção feita pelo estado Israelense custa mais de um milhão de shekels (1,3 mi de reais).
"Ele é o filho vagabundo preguiçoso que está festejando em Miami enquanto seu pai, primeiro-ministro, insta os israelenses comuns a sacrificarem seus próprios filhos e vidas", completou Misgav.
"Yair está aproveitando a vida em Miami enquanto estou na linha de frente", disse um soldado servindo na frente norte de Israel ao The Times, jornal britânico.
"Somos nós que estamos deixando nosso trabalho, nossas famílias, nossos filhos, para proteger nossas famílias em casa e no país, e não as pessoas responsáveis por esta situação. Nossos irmãos, nossos pais, nossos filhos, todos irão para a linha de frente, mas Yair ainda não está aqui. Não ajuda a construir confiança na liderança do país", completa.
Até o momento, o exército de Israel matou mais de 28 mil pessoas na Faixa de Gaza e causou a migração forçada de pelo menos 1,5 milhão de pessoas, enquanto planeja um ataque contra Rafah, último refúgio dos palestinos antes da fronteira com o Egito.
As negociações de paz avançam lentamente e a falta de um plano para Israel ou para os palestinos depois do que diversas entidades descrevem como um genocídio torna a situação ainda mais insegura na região.