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Assustador: overdoses matam mais nos EUA do que homicídios no Brasil

Países nórdicos, assim como os EUA, também sofrem com epidemia de drogas e estudam políticas para tentar resolver crise gigantesca

Skid Row."Cracolândia" de Los Angeles é sinal bizarro de crise dos opioides nos EUACréditos: Russ Allison Loar/sob licença CCBYSA
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Novos dados dos EUA e da Europa revelam uma realidade assustadora que assola o primeiro mundo: a crise de opioides que mata milhões de pessoas anualmente.

Os países nórdicos são drasticamente os mais afetados na Europa, com taxas de mortalidade em mortes relacionadas a uso de drogas superando a cinco óbitos por mil habitantes. 

Contudo, nada se compara com a realidade americana, onde 32 pessoas morrem acada mil habitantes nesse tipo de ocorrência.

Para se ter uma noção, 20 pessoas a cada mil morrem no Brasil em mortes violentas intencionais, sendo o nosso país um dos que mais matam no planeta Terra.

Portanto, mais pessoas morrem em eventos com overdoses nos EUA do que brasileiros morrem por homicídios intencionais.

Na cidade de San Francisco, uma das mais desenvolvidas da maior economia mundial, a taxa de overdoses bate 80 mortes a cada mil habitantes, um número assustador.

Origem da crise

Ainda que o problema das drogas já existisse na sociedade americana, muitos atribuem à Guerra ao Terror a origem da crise dos opioides que conhecemos.

Desde o início dos anos 2000, soldados egressos das Guerras do Iraque e Afeganistão utilizaram os opioides para escapar do estresse pós-traumático causado pelo conflito.

Desde 2003, o aumento no consumo de opioide em todas as classes e regiões dos EUA é acompanhado pelo aumento de mortes relacionado ao abuso de formas legalizadas do ópio, como a morfina e oxycontin, e versões ilegais, como o fentanil e a heroína.

Políticas de drogas

Os países nórdicos tem tentado se voltar para uma referência inusitada no combate às drogas: Portugal. A terrinha chegou a ter problemas com drogas, mas através de um política muito liberal frente à questão.

Os lusitanos descriminalizaram todas as drogas e investiram pesado em combate ao tráfico em grande escala e recuperação de pessoas adictas.

Hoje, Portugal tem dez vezes menos mortes por overdose proporcionalmente se comparado a Suécia, tendo em vista que são países de população parecida.