Em artigo recente para a revista Foreign Affairs, o diretor-executivo da CIA, William Burns, afirma que o mundo unipolar já não é mais uma realidade completa.
No texto, que esclarece quais são as visões da área de inteligência dos EUA para temas internacionais, o diretor da agência confirma que a China e a Rússia são as principais ameaças para Washington e que o poder do Pentágono não é mais o único no planeta.
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“Os Estados Unidos já não gozam de primazia indiscutível e as ameaças climáticas existenciais estão a aumentar”, afirmou Burns.
Ele cita como principais ameaças o crescimento chinês e o revanchismo russo, definindo que os países tem tomado "ações ameaçadoras que cada vez mais o acompanham."
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Além disso, ele Washington deve tentar melhorar a concorrência com a China, "que continuará a ser a principal prioridade para Washington, mas isso não significa que possa evitar outros desafios” e diz que os EUA "tem de navegar com cuidado e disciplina, evitar exageros e usar a sua influência com sabedoria”.
A tecnologia tem sido um debate também central para os EUA, que trava uma guerra pelos microchips com a China e disputa a fronteira do conhecimento com Pequim.
"Dos microchips à inteligência artificial e à computação quântica, as tecnologias emergentes estão transformando o mundo, incluindo a arte da inteligência”, explicou Burns.
Burns foi o homem responsável por suspender as aspirações golpistas de Bolsonaro em 2022, ao afirmar que não endossaria uma possível tentativa de golpe contra os resultados eleitorais que deram vitória a Lula no último pleito presidencial.