Um modelo vendido a US$ 400 mil (pouco mais de R$ 2,4 milhões, pelo câmbio atual) nos Estados Unidos apresentou um risco pouco usual para veículos automobilísticos, ainda mais considerando os chamados supercarros. Em alta velocidade, a fabricante detectou a possibilidade de o vidro traseiro voar.
Até que uma correção seja implementada, os proprietários dos cupês McLaren 765LT, do ano modelo 2021, são orientados a evitar dirigir em pistas de corrida com as janelas abertas e limitar sua velocidade a menos de 96 milhas por hora, o equivalente a 155 quilômetros horários.
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O documento de recall protocolado na National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), agência federal dos Estados Unidos responsável pela regulação da segurança viária no país, aponta que um total de 163 carros foram afetados. Os modelos McLaren 765LT Spider e cupês equipados com a entrada de ar no teto com instalação de fábrica não estão sujeitos ao recall.
A empresa descobriu o risco ao constatar que o painel de policarbonato que compõe a janela traseira pode se soltar do carro, o que teoricamente poderia aumentar o risco de um acidente. O adesivo que une a janela à estrutura pode falhar sob certas circunstâncias, que não ocorreriam durante condições normais de estrada e dentro dos limites legais de velocidade.
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Não há conhecimento de nenhum acidente ou ocorrência que envolva o vidro traseiro, segundo a McLaren.
Raro, mas acontece...
Ainda que não seja algo comum que justifique um recall, não é a primeira vez que um carro esportivo de luxo apresenta problemas com fixação de janelas.
Em março deste ano, a Porsche fez o recall de mais de 8 mil veículos do modelo 911, também nos Estados Unidos, porque os para-brisas dianteiros e traseiros podiam se soltar em caso de colisão.
O problema estava no adesivo usado para colar os para-brisas e janelas traseiras aos carros. Alguns dos carros produzidos entre 2020 e 2024 não tinham superfícies completamente livres de resíduos no momento da instalação na fábrica, o que poderia resultar em uma ligação adesiva mais fraca.