Nesta terça-feira (3), o mundo foi surpreendido pelo golpe de estado liderado por Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, com apoio dos militares do país.
O líder do Partido do Poder Popular, de extrema direita, anunciou a imposição de lei marcial e a dissolução da Assembleia Nacional, controlada pela oposição.
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A presença de tanques nas ruas e ordens militares reforçam que se trata de um golpe militar em formato clássico. No entanto, a rejeição do Parlamento às ordens presidenciais ainda não garantiu o sucesso total da operação autoritária.
Quem é Yoon Suk Yeol?
Yoon Suk Yeol é o atual presidente da Coreia do Sul, tendo assumido o cargo em 10 de maio de 2022. Ele ganhou notoriedade com uma campanha marcada por um discurso anti-Coreia do Norte e posições de extrema direita.
Ex-promotor, Yoon ganhou destaque por suas investigações rigorosas em casos de corrupção enquanto atuava como procurador-geral, de 2019 a 2021. Durante esse período, processou figuras importantes do Partido Democrata, o que o projetou nacionalmente como um "lutador contra a corrupção". Seus métodos, contudo, foram amplamente questionados.
Na imprensa brasileira, ele recebeu o apelido de "Moro sul-coreano". Já na mídia internacional, seu estilo político foi descrito como "K-Trumpismo" - uma alusão ao k-pop, gênero musical popular no país, e ao estilo de liderança de Donald Trump.
Em 2022, Yoon lançou uma campanha eleitoral com estilo semelhante ao de Trump e Bolsonaro, enfrentando e vencendo seu principal adversário político, o Partido Democrata, sob o lema de "acabar com o ministério da igualdade de gênero" .
Contudo, sua vitória não foi suficiente para assegurar o controle do Parlamento, onde permaneceu em minoria.
Diante de resultados desfavoráveis nas eleições de 2024, Yoon recorreu ao golpe como estratégia para reverter as condições políticas adversas.