Em votação extraordinária nesta terça-feira (3), o Parlamento da Coreia do Sul rejeitou a lei marcial imposta pelo presidente de extrema direita Yoon Suk Yeol, que tenta consolidar um golpe militar no país.
As forças de segurança foram ordenadas a fechar a Assembleia Nacional, o que resultou em confrontos na entrada do prédio, em Seul.
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A rejeição à lei marcial e à dissolução da casa legislativa foi unânime. Estavam presentes 190 dos mais de 300 deputados que compõem o Parlamento.
O presidente Yoon Suk Yeol acusa o Partido Democrata - principal força de oposição, liderado pelo ex-presidente Moon Jae-in - de colaborar com a Coreia do Norte e de estar envolvido em "atividades antiestatais".
Embora a extrema direita tenha minoria no Parlamento, o presidente conta com o apoio dos militares para tentar implementar um golpe de estado na parte sul da península coreana.
Entre 1961 e 1987, a Coreia do Sul viveu sob um regime militar, caracterizado pelo controle de generais, uma ditadura brutalmente repressiva e amplamente reconhecida por suas violações aos direitos humanos.