O TikTok corre um sério risco de ser proibido nos Estados Unidos já no começo de 2025, com uma possível proibição iminente em 19 de janeiro. A Suprema Corte do país ouvirá argumentos em 10 de janeiro sobre se a lei que força a venda da plataforma de sua empresa controladora é ou não constitucional.
Caso o tribunal decida que a proibição não infringe a Constituição do país, aqueles que não tiverem o aplicativo baixado não poderão mais obtê-lo, pois as lojas de aplicativos e os provedores de serviços de nuvem serão obrigados a parar de hospedar. Já os que têm o TikTok, não conseguiriam atualizá-lo e ele provavelmente iria se tornar inviável aos poucos.
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Companhias como a Apple e a Oracle terão que determinar se vale a pena continuar hospedando a plataforma e enfrentar multas que podem chegar a US$ 5 mil para cada usuário que ainda estiver utilizando o aplicativo.
A principal alegação do governo dos EUA para justificar o banimento da plataforma se relaciona com razões de segurança nacional. As autoridades estadunidenses afirmam que a rede social pode ter acesso aos dados sensíveis dos usuários e que as informações poderiam ser compartilhadas com o governo da China.
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Tiktok menos 'à direita'
As redes sociais têm sido um ambiente muito favorável à direita e a extremistas deste espectro ideológico, tanto nos Estados Unidos quanto em outros países, por conta de algoritmos que favorecem a disseminação de conteúdos com discurso de ódio.
Contudo, conforme pesquisa realizada pelo Pew Research Center, instituto que realiza levantamentos de dados sobre diversos aspectos da população do país, o TikTok tem características que o distinguem de outras redes.
Os influenciadores de notícias na plataforma diferem de seus colegas no Facebook, Instagram, X e YouTube. Metade deles são homens, enquanto 45% são mulheres. Nos grandes sites de mídia social, os homens superam as mulheres em uma proporção de aproximadamente dois para um ou até mais.
Parcelas semelhantes de influenciadores de notícias no TikTok se identificam explicitamente como de direita (25%) e de esquerda (28%). Já nos outros sites, influenciadores de notícias de direita superam em número aqueles de esquerda. Quando se trata dos direitos LGBTQ+ ou de se identificar como LGBTQ+ em seus perfis de conta, os usuários do TikTok são mais propensos do que aqueles em outros sites em fazê-lo, somando 13% do total.
Com informações de Axios