Neste sábado (22), o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, encontrou-se com Abu Mohammad al-Julani, líder da organização terrorista Hay'at Tahrir al-Sham (HTS) e novo presidente da Síria.
As reuniões sublinham que o fiador do novo regime no país vizinho conflagrado, especialmente após a queda do regime de Bashar al-Assad, será a Turquia de Recep Tayyip Erdogan.
Te podría interesar
Leia: De jihadista a presidente: as transformações do guarda-roupas do novo líder da Síria
No encontro, ambos os líderes discutiram a reconstrução do país e a transição política, com foco na elaboração de uma nova constituição que garanta direitos das minorias religiosas e étnicas, em especial cristãos e xiitas, que vivem em ritmo de medo desde a ascensão dos terroristas ao poder.
Te podría interesar
Al-Julani, que decidiu adotar recentemente seu nome verdadeiro, Ahmad Al-Sharaa, destacou a importância das relações estratégicas com a Turquia, elogiando o papel turco no apoio aos refugiados e no potencial de contribuições para a economia síria.
Fidan reforçou o compromisso da Turquia em apoiar o processo de estabilização e pediu o fim imediato das sanções internacionais contra a Síria, que, segundo ele, impedem os esforços de recuperação do país após mais de uma década de guerra civil.
O ministro também destacou a necessidade de criação de condições seguras para o retorno voluntário dos refugiados sírios, que, em sua maioria, vivem na Turquia.
A HTS é considerada uma organização terrorista por muitos países, incluindo a Turquia. Contudo, o chanceler turco afirmou que o grupo tem colaborado em operações de inteligência contra o Estado Islâmico (ISIS).