ORIENTE MÉDIO

Potência da OTAN vai entrar em guerra com aliados dos EUA no Oriente Médio, afirma WSJ

Conflito na Síria vai ganhando contornos ainda mais dramáticos para as minorias étnicas; Israel segue avançando no sul do país

Síria segue dividida entre curdos, rebeldes, ocupação israelense e presença turcaCréditos: Reprodução/LiveUAMap
Escrito en GLOBAL el

A Turquia está concentrando tropas e equipamentos militares ao longo de sua fronteira com a Síria, gerando preocupações sobre uma possível ofensiva contra as Forças Democráticas da Síria (SDF), apoiadas pelos Estados Unidos, afirma o jornal estadunidense Wall Street Journal.

A movimentação foi classificada como uma escalada significativa nas tensões, com autoridades americanas manifestando apreensão quanto às implicações para a estabilidade da região.

A Turquia é a principal fiadora do grupo Hayat Tahrir Alsham (HTS), que derrubou o governo Bashar al-Assad no início do mês, e agora parte para seu verdadeiro inimigo na região: as forças curdas apoiadas pelos Estados Unidos 

O governo dos EUA alertou para a iminência de uma ofensiva turca, destacando os riscos para as SDF - lideradas pelos curdos - e consideradas um aliado-chave na luta contra o Estado Islâmico.

Os esforços de mediação liderados pelos EUA para alcançar uma trégua permanente entre as forças apoiadas pela Turquia e os curdos fracassaram, agravando a crise.

A Turquia teme que uma região autônoma turca na Síria possa servir de base para ataques à sua integridade territorial e fomentar o movimento do PKK, partido socialista curdo, que é considerado uma organização terrorista por Ancara.

A situação ocorre em um contexto de hostilidades prolongadas entre grupos apoiados pela Turquia e as forças curdas. Uma incursão turca poderia resultar em aumento da violência e desestabilização adicional em uma região já devastada pela guerra. Vale lembrar que parte do território internacionalmente reconhecido como sírio já é ocupado pelos turcos.

Os curdos, atacados pelos turcos, se somam aos xiitas e alauitas, que temem que o novo califado sírio intensifique a violência contra eles nos próximos meses sob a desculpa de colaboração com o Irã ou com o antigo governo Assad.

Analistas e autoridades seguem avaliando os movimentos de Ancara, enquanto os desdobramentos futuros permanecem incertos. O cenário atual evidencia a complexidade do conflito, intensificada pela ascensão dos terroristas em Damasco, e as dificuldades para alcançar uma solução pacífica.

Ao Sul, Israel segue fazendo incursões e ocupando território sírio, fortalecendo sua posição nas Colinas de Golã e fortalecendo seu cerco ao Hezbollah, no sul do Líbano, sem qualquer tipo de resistência das forças do recém-formado governo sírio.

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar