Quem leu o periódico israelense Times of Israel nesta sexta-feira (4) viu o colunista Dan Ehrlich defender a criação de uma lebensraum para Israel, justificando-a com o projetado crescimento populacional do país para os próximos meses.
Lebensraum é o "espaço vital", teoria desenvolvida pelo geógrafo Friedrich Ratzel, que afirmava que a Alemanha precisava expandir seu território para garantir o bem-estar de sua população. O lebensraum fundamentou a ideologia genocida da Alemanha nazista, que buscava expandir fronteiras e eliminar outros povos. Curiosamente, Ehrlich defendeu que Israel adotasse uma lógica semelhante em seu expansionismo no Oriente Médio. Após críticas, o texto foi retirado do ar, mas registrado na imprensa árabe e salvo no Internet Archive.
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Desde o fim de semana, com a confirmação da queda do governo Bashar al-Assad, o governo de Benjamin Netanyahu ordenou a expansão territorial de Israel em áreas da Síria.
Nas últimas 24 horas, o exército israelense bombardeou o Curdistão, Homs, Latakia, Hama e Damasco, capital do país. As forças israelenses também avançaram sobre uma zona desmilitarizada e, neste momento, estão a 25 quilômetros da principal cidade da Síria.
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Além disso, Israel reforçou sua posição nas Colinas de Golã, região internacionalmente reconhecida como território sírio, mas ilegalmente ocupada por Israel desde 1967.
Em coletiva nesta segunda-feira (9), Benjamin Netanyahu declarou: "As Colinas de Golã serão uma parte inseparável do Estado de Israel para sempre".
"Fui informado sobre a implantação do IDF na fronteira com a Síria. Instruí o exército a tomar as ações necessárias para evitar danos à nossa segurança", completou Netanyahu, justificando o avanço expansionista em direção ao território sírio.