O quadro eleitoral nos Estados Unidos parece tão confuso que muita gente simplesmente desiste de buscar pelos resultados.
Afinal, na verdade são 50 eleições estaduais, há a renovação de 435 vagas no equivalente da Câmara Federal e de outras 33 vagas no Senado.
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Isso sem falar nas centenas de proposições que serão votadas pelos eleitores.
Por exemplo, há propostas pró-aborto no Arizona, Colorado, Flórida, Maryland, Missouri, Montana, Nebraska, Nevada, Nova York e Dakota do Sul que poderão ou não ser aprovadas pelos eleitores.
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No meio de tantos resultados, como fica quem simplesmente quer saber se o vencedor será Kamala Harris ou Donald Trump?
Nove da noite
As oito da noite de Brasília fecham as urnas no Kentucky e em Indiana, dois estados em que Trump deve vencer. Qualquer improvável surpresa é mortal para os republicanos.
A primeira indicação clara pode vir por volta das 9 da noite, no horário de Brasília, quando fecham as urnas na Geórgia e em Virgínia.
Se houver equilíbrio equivalente ao de 2020, quando Joe Biden venceu com vantagem de menos de 12 mil votos na Geórgia, o resultado final levará dias. Em 2020, só saiu no 18 de novembro.
Na Virginia, onde se espera vitória de Kamala Harris, se houver uma surpresa pode ser sinal de que Trump terá um triunfo esmagador.
É comum que a Associated Press ou emissoras de TV dos Estados Unidos "declarem" o vencedor de um estado antes que as autoridades eleitorais, baseados em projeções.
Estas empresas dispõem de equipes de estatísticos, pesquisadores e jornalistas que se dedicam exclusivamente a prever o resultado final.
Às nove e meia da noite de Brasília deve surgir outra pista importante: fecham as urnas da Carolina do Norte. Se Trump perder, está frito.
Pensilvânia, o grande prêmio
Às dez da noite, se a eleição não for de fato equilibrada, será possível antever com alguma clareza o resultado final: fecham as urnas na Pensilvânia e em outros 15 estados.
Se Kamala Harris vencer na Pensilvânia, será a futura presidente dos Estados Unidos.
Você já pode desligar a TV com alguma margem de certeza.
Porém, se àquela altura for impossível prever o vencedor na Geórgia, na Carolina do Norte e na Pensilvânia, então vai ser preciso esperar até as 11 da noite de Brasília, quando fecham as urnas em Michigan e Wisconsin.
Se Trump vencer em um deles com facilidade, possivelmente voltará à Casa Branca.
É que o caminho "natural" de uma vitória de Kamala passa por vencer no chamado "paredão azul", que inclui os estados industriais de Michigan, Wisconsin e Pensilvânia.
Se às 11 da noite não for possível prever nenhum resultado estadual, prepare-se para uma longa madrugada -- ou para algumas semanas de suspense.
Em 2000, quando George W. Bush venceu por 271 a 266 votos no Colégio Eleitoral, possivelmente com fraude na contagem, seu adversário Al Gore só aceitou a derrota, sob pressão, em 13 de dezembro.